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Em Maringá, 79% das empresas do comércio mostram queda no faturamento
Notícias de Maringá
Publicado em 30/06/2020

Serviço de entrega foi umas das medidas adotadas para enfrentar a crise; capacitações em áreas como vendas e gestão de mídias sociais devem apoiar empreendedor do setor

 

Pesquisa realizada pelo Sebrae/PR mostra que 55% das empresas do comércio de Maringá sofreram impacto alto em razão da pandemia, 29% médio impacto e apenas 16% baixo ou muito baixo. Os dados são do estudo “Crise Covid – Comércio Maringá”, divulgado nesta terça-feira (30) em live com a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), que ouviu 174 comerciantes de lojas de shopping e de rua, em duas fases, nas avenidas Brasil, Tamandaré, Cerro Azul, Mandacaru, Pedro Taques e Rua Santos Dumont.

 

A queda no faturamento ou receita foi o principal efeito sofrido: considerando de março até junho, 79% registraram queda média de 50% no faturamento, outros 13% apresentaram alta e 8% não registraram variação. Considerando a disponibilidade de caixa em um cenário sem melhorias, os comerciantes acreditam que conseguirão manter o negócio por mais quatro meses, em média. Também foi preciso demitir: 49 empresas precisaram dispensar, em média, três colaboradores cada. Entre todos os entrevistados, 97% precisaram fechar o estabelecimento temporariamente, sendo que 62% mantiveram as portas fechadas por mais de um mês. 

 

A consultora do Sebrae/PR, Erica Sanches, diz que o período pré-pandemia era de otimismo para a maioria dos comerciantes: no primeiro trimestre, apenas 16% acreditavam que os negócios seriam piores em 2020; no segundo, esse percentual subiu para 66%. “A perspectiva mudou, mas os comerciantes acreditam em recuperação. Estimam melhoria em dez meses”, pondera. 

 

Embora as empresas estejam preocupadas com a sobrevivência financeira, com o retorno da demanda e uma possível paralisação, mais de 80% adotaram medidas de enfrentamento. Destaque para a implementação de delivery por 45% das empresas. Os estabelecimentos também estão apostando em vendas online (28%); divulgação nas redes sociais (15%); vendas por WhatsApp (8%); e criação de novos produtos (4).

 

Os entrevistados também demonstraram interesse em participar de capacitações para superar a crise, principalmente nas áreas de vendas, marketing e gestão de mídias sociais geram maior interesse.

 

“O comércio estava querendo aderir a capacitações e agora é o momento de fazermos um esforço maior para contribuir com a recuperação financeira de empreendedores. O empresário precisa partir para a transformação digital do negócio, e na pesquisa a maioria disse não apresentar dificuldades tecnológicas, e trabalhar na reestruturação financeira”, comenta a consultora. "O cliente não sumiu, ele mudou de comportamento. É preciso digitalizar o negócio para acompanhar as novas tendências", pontua. 

 

O presidente da ACIM, Michel Felippe Soares, reforça que as capacitações podem ajudar os empresários a reposicionar e recuperar os negócios. "É um momento importante, com tanto conhecimento gratuito sendo disponibilizado pela internet. Como entidades, temos o desafio de chegar nos empresários reforçando a importância da capacitação econômico-financeira, digital e em outras áreas”, diz.  

 

A pesquisa foi realizada em duas fases. A primeira, no primeiro trimestre, contou com 270 entrevistados. Para a segunda fase, realizada entre 25 de maio e 12 de junho, 174 empresários foram ouvidos novamente. Do total inicial, 24 empresas encerraram as atividades no período da pesquisa. 

 

Números da pesquisa

- 70% das empresas realizam serviço de entrega em domicílio, sendo que 45% implementaram o delivery durante a crise;

- 27% das empresas recorreram a crédito bancário;

- 33% das empresas reduziram a jornada em até 50%;

- 20% implementaram ação por meio das redes sociais durante a pandemia;

- 13% das empresas buscaram alguma instituição de apoio e 19% pretendem buscar; 

- 16% dos entrevistados acreditavam que as perspectivas para o negócio em 2020 seriam piores, percentual que passou para 66%. As atividades mais presentes neste cenário são as lojas de roupas, óticas, loja de calçados e de móveis.

 

*A pesquisa completa será disponibilizada no site www.maringaentrega.com.br.  

 

Varejo Inteligente

Na próxima quinta-feira (2 de julho), às 10h, será realizado o lançamento do Programa Varejo Inteligente, realizado em parceria pelo Sebrae/PR, Prefeitura de Maringá, Acim, Sindicato do Comércio Varejista de Maringá e Região (Sivamar) e Sistema Fecomércio PR. Trata-se de uma ação com objetivo de elevar o faturamento do varejo e promover a inovação no segmento, por meio de capacitações digitais gratuitas. 

(Assessoria Sebrae)

 

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