A paulistana Luisa Stefani embarcou neste domingo (18) de Orlando, nos Estados Unidos, para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, que começam no dia 24 no Ariake Stadium, na capital japonesa. Ela atuará com Laura Pigossi nas duplas femininas.
Luisa vem fazendo história para o tênis feminino com dois títulos nível WTA, em Lexington, nos EUA, em agosto do ano passado, e Tashkent, no Uzbequistão, em 2019, além de seis finais, a primeira em WTA 1000 este ano, em Miami, nos EUA. Ela ocupa a 23ª colocação do ranking, a melhor da história de uma brasileira desde que o ranking foi instaurado em 1975. É bom lembrar que Maria Esther Bueno era considerada número 1 do mundo no seu auge no circuito na década de 60 e foi multicampeã de torneios do Grand Slam.
A paulistana está entre as oito melhores do ano nas duplas junto com a parceira Hayley Carter, dos EUA. As duas já ocuparam a quarta colocação, mas não jogarão mais juntas em 2021 em virtude de uma lesão de Carter, que a obrigou a se retirar até o fim da temporada.
"Muito animada de estar indo para Tóquio, sentimento indescritível desde que recebi a chamada, difícil colocar em palavras . É um sonho tornando-se realidade, não vejo a hora de chegar no Japão e batalhar representando nosso querido Brasil. Obrigada pelas mensagens que tenho recebido e a energia. Agora é vamos Time Brasil" vibrou Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.
Luisa fará apenas um ajuste no calendário para a disputa de Tóquio. Ela não jogará o WTA 125 de Charleston (EUA), onde atuaria em simples. Após a Olimpíada, seguirá para o WTA de San Jose, na Califórnia (EUA), que começa em 2 de agosto, e depois os torneios WTA 1000 de Montreal, no Canadá, Cincinnati (EUA), o WTA 250 de Cleveland (EUA) - em simples - e o US Open. Todos esses torneios com a canadense Gabriela Dabrowski, 14ª do mundo, por conta da lesão da parceira Hayley Carter.
O tênis na Olimpíada começa no próximo dia 24 e as chaves serão sorteadas na noite da quarta-feira (21), manhã de quinta-feira (22), no Japão.
Carreira - Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.
(Texto: Assessoria. Foto: Divulgação)