A última noite da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi palco da final feminina na trave e contou com Flávia Saraiva e Simone Biles. Após se afastar da competição e não participar das finais de solo e salto, a atleta americana fez uma ótima apresentação e conquistou o terceiro lugar com 14.000 pontos. A jovem chinesa Chenchen Guan, de 16 anos, foi ouro com 14.633, seguida pela compatriota Xijing Tang, com 14.233, prata.
Flavinha foi a penúltima a se apresentar na final na Ariake Gymnastic Centre. A brasileira se desequilibrou das vezes durante sua performance e acabou fora do pódio.
“Eu estou me sentindo muito feliz, foi uma vitória ter chegado na final Olímpica. Por tudo que eu passei, essa semana, nos últimos três meses, estar nesta final já é a minha medalha. O desequilíbrio não foi o pé [que sofreu a torção], eu coloquei muita força no salto, eu estava com muita energia, eu queria muito estar ali. Há um mês e meio, eu não saberia dizer se conseguiria estar disputando uma final olímpica”, disse a brasileira.
A carioca que conquistou a classificação para a final na trave no dia 25 de julho, sentiu o pé ao finalizar a última acrobacia no solo e acabou sendo poupada no salto e nas assimétricas.
“Hoje eu acordei e senti que estava brilhando, poderia acontecer qualquer coisa e eu ia continuar brilhando. Eu acho que tem pessoas que vêm para conquistar muitas medalhas, tem pessoas que vêm para buscar resultados e tem pessoas que vêm e que talvez não ganhe medalhas, mas que vem para brilhar. E eu me sinto assim. Eu sinto que eu brilhei e isso vale muito”, afirmou feliz a ginasta brasileira que é medalha de ouro no solo nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014.
Campanha histórica
O Brasil fez uma campanha histórica garantindo duas medalhas na ginástica feminina com Rebeca Andrade: uma de prata no geral individual e outra de ouro no salto. A de prata foi a primeira medalha olímpica da modalidade conquistadas por uma mulher.
(Texto: COB. Foto: Julio Cesar Guimarães/COB)