Em Maringá, mostra apresenta histórico de enfrentamento da pandemia no Hospital Municipal

Os últimos dois anos foram divisores de água na história do Hospital Municipal de Maringá. Agora, as experiências do enfrentamento da covid-19 foram transformadas em uma mostra de fotos com o histórico da pandemia. As incertezas, a luta, cansaço, persistência e comprometimento no enfrentamento foram transpassados nos olhares emocionados, expressões de vitória e gratidão de servidores e pacientes recuperados. Tudo isso está na Mostra “Covid-19, um divisor de águas”.

A mostra foi aberta nesta quarta, 15, no Hospital Municipal. O vice-prefeito, Edson Scabora, relembrou os momentos difíceis da pandemia. “Tenho a agradecer à equipe do Hospital Municipal. Vocês trabalharam incansavelmente para cuidar dos pacientes. Vocês ajudaram famílias a vencer a covid-19. Muitas pessoas foram salvas graças ao trabalho de equipes multiprofissionais e operacionais”, afirmou.

A enfermeira Eliane Muniz traçou um panorama no hospital. “O paciente desconhecido passou a ser conhecido por nós. O ser humano que estava ali era especial para alguém. Era um pai, um filho, esposo que dependia do nosso cuidado integral, desde a medicação, ventilação, banho, lavar o cabelo, fazer massagem e dar um conforto”, relatou emocionada.

Ela lembrou que muitas vezes o paciente era um colega de trabalho. “Foi muito intenso. Muitas histórias, de alegria, vitória e tristeza. Valeu a pena a luta”, disse sem conseguir completar o discurso, interrompida pelo choro de emoção. Eliane agradeceu a cada servidor que lutou diariamente ao lado dela para vencer a pandemia e desejou que 2022 seja um ano de vitórias.

O secretário de Saúde Marcelo Puzzi destacou a luta e o esforço da gestão para ampliar o número de leitos. “Não fechamos as portas em nenhum momento. Fizemos um legado e história em Maringá”, explicou. Ele reforçou sobre a importância da vacinação para o enfrentamento da pandemia. O coordenador da UTI, Cristopher Valomim, acredita que o mundo aprendeu muito com a pandemia. “Fomos privados de ações que eram tão simples para nós como aperto de mão”, ressaltou.

O diretor do Hospital Municipal, Welynton de Souza, que também teve covid-19 e necessitou ficar internado, relembrou os momentos de vitória e períodos difíceis. “Quando fiquei internado me deparei com duas servidoras na porta do meu quarto orando por mim. Eu não tive palavras para agradecer aquele momento. Um gesto que fez diferença para minha recuperação”, disse.

No final da cerimônia, nove pacientes que sobreviveram à covid-19 foram homenageados. Entre eles, José Eudes Januário que ficou internado 50 dias na UTI. “Só tenho que agradecer sempre os servidores que trabalham com excelência para salvar vidas, inclusive a minha. A pandemia ainda não acabou. Precisamos potencializar a vacinação, inclusiva a segunda dose”, reforçou Eudes. Os servidores também foram homenageados como forma de reconhecimento pela dedicação.

(Foto: Aldemir de Moraes/PMM)

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