A CBF lamenta profundamente o falecimento de Amaral, aos 69 anos, zagueiro titular do Brasil na Copa do Mundo de 1978, que nos deixou nessa sexta-feira (31), em São Paulo, em decorrência de um câncer. No Mundial disputado na Argentina, ele fez dupla com Oscar e teve seu momento mais marcante com a Seleção Brasileira na partida contra a Espanha, pela segunda rodada: tirou a bola em cima da linha em dois lances seguidos.
"O Amaral foi um grande zagueiro , que se notabilizava pela técnica. Minha maior lembrança dele é vestindo a camisa da Seleção na Copa de 1978. Ele formou uma bela dupla com o Oscar. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs do Amaral", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Vestindo a Amarelinha, João Justino Amaral dos Santos disputou 56 jogos, com 39 vitórias, 13 empates e quatro derrotas, e conquistou Taça do Atlântico, Copa Roca, Copa Rio Branco, Taça Oswaldo Cruz e Torneio Bicentenário, todos em 1976. Não marcou gols, mas a dedicação e amor à camisa demonstrados nas jogadas contra a seleção espanhola valem mais do que qualquer bola na rede.
Nascido em Campinas (SP), ele iniciou sua carreira pelo Guarani, time de sua cidade, e estreou profissionalmente aos 15 anos. Constituiu-se como um dos ídolos do Bugre, que também prestou homenagem e lembrou a classe com que Amaral jogava.
"Estará para sempre eternizado no coração da família bugrina e dos amantes do futebol, sobretudo os que tiveram a sorte de vê-lo desfilar em campo", disse o clube em suas redes sociais.
Após a passagem pelo Guarani, ele se transferiu para o Corinthians, onde foi convocado para o Mundial de 78 e levantou a taça do Campeonato Paulista de 1979. Jogou também no Santos, antes de rumar ao futebol mexicano, atuando pelo América (MEX), clube pelo qual ganhou o Campeonato Mexicano de 1984, e pelo Leones Negros (MEX).
O Blumenau-SC e a Caldense-MG foram os últimos clubes da carreira de Amaral.
(Texto: CBF. Foto: Divulgação)