A Universidade Estadual de Maringá (UEM) avançou no ranking 2024 de pesquisadores mais citados do mundo, elaborado anualmente pela Universidade de Stanford (EUA), em parceria com a renomada editora Elsevier. Este ano, 12 pesquisadores da UEM estão no ranking, sendo que, na edição de 2023, eram nove docentes. A lista reúne 2% dos cientistas mais influentes do mundo.
Pela ordem de classificação por citações no ano de 2023, os pesquisadores da UEM listados são: Marcos Luciano Bruschi (36.111), da Farmácia; Maurício Guimarães Araújo (40.612), da Odontologia; Sidinei Magela Thomaz (49.906), da Biologia Marinha; Angelo Antonio Agostinho (71.722), da Pesca; Valter Afonso Vieira (93.754), da Administração; Jesuí Vergílio Visentainer (101.795), da Ciência dos Alimentos; Rosângela Bergamasco (119.062), da Engenharia Química; André Luís Cazetta (151.698), da Engenharia Química; Haroldo Valentin Ribeiro (161.747), da Física; Marcelo Moreira Cavalcanti (171.301), da Matemática Aplicada; Celso Vataru Nakamura (215.674), da Farmácia; e João Luiz Pratti Daniel (380.470), da Zootecnia.
O ranking também faz o levantamento quanto a citações ao longo da carreira. Este ano, sete dos 12 cientistas da UEM também figuram nesta classificação. Conforme a pontuação, os classificados são: Araujo (65.871), Thomaz (116.119), Agostinho(144.794), Bruschi (146.839), Visentainer (156.095), Cavalcanti (177.652) e Nakamura (244.179).
Além da UEM, mais três universidades estaduais do Paraná figuram no ranking de 2024. Enquanto no ano passado foram listados 22 pesquisadores das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), este ano o total subiu para 27. Além dos 12 pesquisadores da UEM, também estão na lista nove pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), três da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e três da Universidade Estadual de Centro Oeste (Unicentro).
O pesquisador Marcos Bruschi, do Departamento de Farmácia (DFA), melhor classificado da UEM na edição de 2024, figura na lista desde 2019. Ele acredita que sua posição reflete o progresso das pesquisas desenvolvidas na UEM e o impacto crescente que elas têm no cenário internacional. “A minha classificação se deve ao foco e ao trabalho intenso, buscando alunos de iniciação científica, de mestrado e de doutorado e com foco nos trabalhos de pesquisa em tecnologia farmacêutica, em nanotecnologia, em drug delivery, em produtos naturais, que é minha linha de pesquisa há mais de 30 anos, desde quando eu era aluno de iniciação científica da própria UEM”, avalia.
Para Bruschi, a sua classificação também foi impulsionada por sua carreira internacional e trabalhos sólidos com pesquisadores de diversos países. “Possuo parcerias com vários pesquisadores, em importantes grupos de pesquisa na área de Farmácia no Reino Unido, na Itália, na França, na Alemanha, Portugal, Estados Unidos, enfim, a gente não faz ciência sozinho. A nossa pesquisa está inserida no cenário internacional e essa classificação é um reconhecimento do nosso trabalho, mostrando a qualidade do que a gente faz na Universidade Estadual de Maringá. Os assuntos que trabalhamos são de importância na área farmacêutica mundial. Fazemos pesquisa de ponta, de qualidade, e essa classificação é um reconhecimento disso”, ressaltou.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, parabenizou os pesquisadores e comentou sobre a expressiva e crescente presença de docentes neste ranking. “A presença crescente no ranking é, além de uma conquista individual dos pesquisadores da UEM, um reflexo também do compromisso da Universidade Pública com a pesquisa de alta qualidade e a inovação científica. Esses resultados reforçam o papel da Universidade como um polo de excelência e contribuem para também consolidar a UEM no mapa global de pesquisa e da ciência. A visibilidade internacional proporcionada pela presença neste ranking também pode abrir portas para novas parcerias e financiamentos, impulsionando ainda mais as pesquisas na nossa UEM, no nosso Estado. Parabenizamos mais uma vez a esses servidores, pesquisadores por tudo que produzem em prol da UEM e do nosso Estado”, declarou.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), Mauro Antonio da Silva Sá Ravagnani, também avaliou o destaque dos pesquisadores da UEM no ranking. “A Universidade Estadual de Maringá passa por um bom momento. No que diz respeito à produção científica, embora tivéssemos sentido os efeitos pós-pandemia, os nossos pesquisadores têm conseguido voltar aos níveis anteriores daquele período. Então, percebemos que existe um crescimento natural e, por isso mesmo, novos pesquisadores vão aparecendo entre esse grupo de pesquisadores mais influentes do mundo. Esse é um efeito que pode ser considerado em função do aumento do crescimento do número de programas de pós-graduação, do número de alunos de mestrado e doutorado que vão fazer com que as produções científicas apareçam”, concluiu Ravagnani parabenizando todos os envolvidos.
Ranking Stanford/Elsevier
O Stanford/Elsevier Top 2% Scientist Rankings, atualizado para 2024, baseia-se nas citações científicas de 2022, com dados verificados até o final de 2023. Este ranking inclui aproximadamente 2% dos pesquisadores mais citados no mundo, avaliados por uma série de métricas, como o índice h (quantifica produtividade e impacto com base nos artigos mais citados), ajustes de coautoria e uma pontuação de citação composta (score-c), que busca refletir a relevância dos cientistas para além do número total de publicações.
Publicado sob o título Updated Science-Wide Author Databases of Standardized Citation Indicators 2024, o levantamento utiliza dados do banco Scopus da Elsevier, que passaram por análise detalhada realizada pelo pesquisador John Ioannidis e sua equipe na Universidade de Stanford. A metodologia classifica os pesquisadores em 22 áreas científicas e 174 subcampos com base em parâmetros estabelecidos pela Science-Metrix, considerando o impacto das publicações e autocitações, com base em dados Scopus fornecidos pela Elsevier por meio do ICSR Lab.
A classificação é dividida em duas categorias: citações anual, de 2023, e citações ao longo de toda a carreira.
(Marilayde Costa/UEM)