Francisco Dias Neto/UEM
Com cinco décadas de existência, o curso de Farmácia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), criado pela Resolução nº 043/74 do Conselho Universitário e reconhecido pelo Decreto-Lei nº 78.554 do Conselho Federal de Educação, celebra uma trajetória de sucesso marcada pela excelência acadêmica, inovação educacional e compromisso com a sociedade. Ao longo desses anos, o curso formou mais de 3 mil profissionais, com destaque para suas áreas de graduação e Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciências Farmacêuticas (PCF), em Biociências e Fisiopatologia e em Ciências da Saúde, além de Mestrado Profissional do Programa de Pós-graduação em Assistência Farmacêutica (Profar). Esses programas são fundamentais para a formação de profissionais altamente capacitados, com ênfase na ética, responsabilidade social e melhoria da qualidade de vida.
Trajetória de transformações e adequação às necessidades do mercado
Desde sua criação, a UEM tem demonstrado um compromisso com a inovação e a evolução constante de seus cursos, sempre alinhada às demandas do mercado e da sociedade. O curso de Farmácia, inicialmente voltado para a formação de farmacêuticos e analistas clínicos, passou a ser denominado Farmácia-Bioquímica até 1987, quando teve seu currículo reestruturado para incluir habilitações em Análises Clínicas e Farmácia Industrial. Esse processo de transformação contínua reflete a capacidade da UEM de se adaptar às mudanças do setor farmacêutico e de preparar os alunos para os desafios do futuro.
Em 1991, o curso passou a adotar o regime didático seriado anual, alinhando-se às novas diretrizes educacionais da universidade e às exigências do mercado. A coordenação do curso estava no Departamento de Farmácia e Bioquímica. Entretanto, com o crescimento do DFB, em função da ampliação e melhoria na formação do farmacêutico, bem como o crescimento da Universidade com a criação de novos cursos na área da saúde, a estrutura foi reorganizada após o desmembramento do DFB criando os Departamentos de Bioquímica (DBQ), de Análises Clínicas (DAC) e de Farmácia e Farmacologia (DFF). Mais tarde, o DAC foi desmembrado no Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS) e de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB). E o DFF desmembrado em Departamento de Farmacologia e Terapêutica (DFT) e Departamento de Farmácia (DFA), atualmente responsável pela Coordenação do curso de Farmácia por concentrar o maior número de disciplinas profissionalizantes.
Compromisso com a qualidade e a formação acadêmica de excelência
O curso de Farmácia da UEM é amplamente reconhecido pela qualidade de sua formação, que se reflete no esforço contínuo de seus docentes em criar um ambiente acadêmico que privilegia a excelência e o desenvolvimento integral dos alunos. A universidade consolidou-se como um centro de produção de conhecimento na área da saúde.
As diretrizes curriculares do curso têm como objetivo formar farmacêuticos com um perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, aptos a atuar na promoção da saúde, prevenção de doenças e no desenvolvimento de atividades essenciais à profissão, como análises clínicas, toxicologia e o controle, produção e análise de medicamentos.
Inovações e adaptações ao longo dos anos
A UEM adaptou, em 2005, seus diplomas para atender às novas diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), retirando os termos "modalidade" e "habilitação", refletindo a evolução das normas educacionais. E em 2007, um Projeto Pedagógico foi aprovado em conformidade com a Resolução CNE/CES nº 2/2002 e o Parecer CNE/CES nº 221/2005, promovendo uma formação integrada, que aliou a base teórica e prática da profissão, buscando integrar a formação básica com o desenvolvimento das competências específicas do farmacêutico. O novo currículo propôs uma formação generalista, com o aprofundamento das áreas de Análises Clínicas e Farmácia Industrial. Dois anos depois, em 2009, foi estabelecida a carga horária mínima de 4.000 horas para o curso de Farmácia, com ajustes internos para 4.800 horas/aula, atendendo às exigências da UEM e do setor farmacêutico.
Novo Projeto Pedagógico: formação integrada e flexibilização curricular
De acordo com o coordenador e professor Marco Antônio Costa, o atual Projeto Pedagógico, aprovado em conformidade com a Resolução CNE/CES nº 6/2017, promove uma formação integrada, que alia a base teórica e prática da profissão. O curso possui uma carga horária total de 5.407 horas/aula. A matriz curricular do curso de Farmácia juntamente com os Estágios Obrigatórios perfaz um total de 4937 horas/aula, tendo também 326 horas/aula de atividades de extensão e 144 horas/aula de Atividades Acadêmico-Científicas (AAC). A flexibilidade curricular, por meio de disciplinas optativas, permite aos alunos uma formação personalizada, preparando-os para as demandas e os desafios do mercado de trabalho.
A valorização da formação e da excelência
Para o reitor da UEM, Leandro Vanalli, o curso de Farmácia da UEM, com cinco décadas de história, é motivo de grande orgulho para toda a instituição. “Formamos profissionais de excelência que se destacam no mercado, no ensino, na pesquisa e na extensão, não apenas no Paraná, mas em todo o Brasil. Parabenizo toda a comunidade acadêmica, o Departamento de Farmácia e outros Departamentos afetos ao curso, o Centro de Ciências da Saúde, aos servidores, professores e alunos, tanto os que estão em atividade quanto os já formados. A UEM segue comprometida com a continuidade dessa trajetória de sucesso e de contribuição à sociedade."
Mercado de trabalho
O curso de Farmácia da UEM prepara seus alunos para enfrentar os desafios e as demandas de um mercado de trabalho em constante evolução, formando profissionais capazes de contribuir com soluções inovadoras para a sociedade, sempre com ética e compromisso social.
Nesse contexto, o curso conta com locais de estágio voltados para a excelência da formação profissional. De acordo com os professores Marli Miriam Souza Lima e Nelson Uesu, chefe e chefe-adjunto do DFA, desde o início do curso os departamentos responsáveis pelas disciplinas profissionalizantes priorizaram e se dedicaram a criação de estruturas de excelência, visando a formação ética do profissional farmacêutico. É importante lembrar a evolução e desenvolvimento dessas estruturas que, além de contribuir com a formação, também se dedicam ao atendimento da comunidade interna e externa, fornecendo serviço de qualidade à população na área da saúde.
Além do ensino, inovação em pesquisa e tecnologia, destaca-se também o crescimento da importância do trabalho extensionista da UEM por meio da Farmácia Ensino Comunitária e de Manipulação Farmacêutica (FEN), vinculados ao DFA, bem como do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), vinculado ao DAB. E a complementação dessa formação ocorre com as atividades desenvolvidas de forma multidisciplinar na área de farmácia hospitalar e clínica no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).
Ressalta-se ainda que, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Semesp, que avaliou a taxa de empregabilidade no ano de 2024, as áreas do curso de Farmácia correspondem a segunda área profissional de maior importância após a formação profissional, envolvendo diversas áreas do conhecimento.
Com uma formação humanista, crítica, reflexiva e generalista, que segue padrões de referência tanto nacionais quanto internacionais, o farmacêutico formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) está preparado para atuar em diversas áreas, contribuindo significativamente para a promoção da saúde, inovação e desenvolvimento científico. O curso prepara os alunos para uma atuação multifacetada, para atuar em mais de 70 diferentes áreas, incluindo:
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Fármacos e Medicamentos: desenvolvimento, produção e controle de qualidade.
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Análises Clínico-laboratoriais: atuação em laboratórios de análises clínicas, com ênfase na interpretação e controle de exames.
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Alimentos: controle de qualidade, segurança alimentar e regulamentação de produtos alimentícios.
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Educação: ensino e formação em diversas instituições.
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Farmácia: assistência farmacêutica, farmácia comunitária, farmácia hospitalar, farmácia de manipulação, farmácia veterinária e mais.
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Pesquisa e Inovação: projetos científicos e novas terapias.
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Saúde Pública: participação em programas de prevenção e políticas públicas de saúde.
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