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UEM vai restaurar Museu da Bacia do Paraná
Notícias de Maringá
Publicado em 10/02/2025

Uma comissão criada por representantes de diferentes departamentos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), prepara o projeto de restauração do Museu da Bacia do Paraná (MBP), instalado no campus da instituição.

Datada em 1948, a estrutura de madeira que abriga o MBP foi a primeira construção da história de Maringá. O objetivo da comissão é finalizar a reforma até 2026, ano em que a casa completa 80 anos.

“É um desafio e ao mesmo tempo um privilégio em restaurar essa importante casa que representa a história da cidade”, disse o reitor Leandro Vanalli, ao receber a comissão.

O projeto vai incluir também a construção de um anexo para guardar a reserva técnica do museu e um espaço para pesquisa. Todos os detalhes serão apresentados à Prefeitura de Maringá, uma vez que a construção é um bem tombado. 

Todos os estudos preliminares também foram desenvolvidos pela equipe do coordenador do museu, José Henrique Rollo Gonçalves. “Finalmente temos no horizonte um projeto amplo de restauração e repaginação”, comemora.

 Já estão sendo realizadas todas as medições da área de 250 m². Também será feito o mapeamento por meio de um drone para feitura de modelos em 3D.

Diante da complexidade do restauro, a comissão convidou o professor aposentado Everaldo Pletz, do departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Londrina (UEL), especialista no tratamento de madeira no Estado do Paraná. “Estamos cientes da situação e precariedade do museu, sobretudo na questão estrutural”, disse Pletz. Ele prevê que uma das dificuldades será a substituição das madeiras danificadas.

Originalmente, a casa estava instalada na avenida Brasil. Quando foi transferida para a UEM, em 1982, a construção foi colocada em contato direto com o solo, sem ventilação. Desde então, sempre teve problemas com umidade e tem sofrido com ataques de diferentes insetos que se alimentam da madeira.

O professor Ricardo Dias Silva, do Departamento de  Arquitetura e Urbanismo da UEM, prevê a necessidade erguer a construção por meio de macacos hidráulicos  a fim de deixar o museu num espaço elevado, sem contato direto com o terreno. Algo semelhante como ocorre com as casas de colonos sulistas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Depois de pronto, o novo MBP vai contar com espaço para exposições permanentes e temporárias, transformando o local numa nova área cultural a fim de receber trabalhos de artistas diversos. “Teremos uma curadoria naquele espaço”, prevê André Rosa, diretor de Cultura da UEM. 

Atualmente, por motivos de segurança, o MBP se encontra fechado enquanto todo seu acervo está sendo catalogado. 

Também integram a comissão, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Rafael da Silva, a prefeita do campus Doralice Aparecida Favaro Soares e o Roney Berti de Oliveira.  

(Marcelo Bulgarelli/Comunicação UEM)

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