O programa de computador CensoFix, desenvolvido na Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi reconhecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC), como uma boa prática no preenchimento do Censo da Educação Superior (Censup). O Inep, responsável por coletar, analisar e divulgar dados sobre a educação no Brasil, convidou a UEM para apresentar a solução em uma live no YouTube, no mês passado (veja a apresentação do software a partir de 45:55). A universidade foi a única Instituição de Ensino Superior (IES) estadual selecionada, ao lado de uma federal, uma privada e uma comunitária.
Criado em 2023 pelo pesquisador institucional da UEM e professor de Informática, Ademir Constantino, da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PLD), o software foi apresentado pela primeira vez a recenseadores de outras IES durante o Encontro Nacional do Censo da Educação Superior (Ences), promovido pelo Inep, em outubro do ano passado. A UEM foi a única IES do Brasil convidada pelo INEP para ministrar uma oficina para as outras IES. A apresentação ocorreu após a ferramenta ser selecionada entre as dez melhores boas práticas, de um total de 218 inscritas no Inep em 2024.
Constantino explica que o software foi desenvolvido para auxiliar o recenseador na visualização dos dados, facilitando a identificação de erros e a edição de arquivos no processo de preenchimento do Censo da Educação Superior do Inep. Segundo o pesquisador, a ferramenta conta com recursos que permitem uma análise gráfica dos dados, tornando o processo mais ágil e preciso.
“O CensoFix tem a função de captar os dados censitários gerados internamente na instituição (de professores e alunos), realizar uma avaliação prévia, aplicar possíveis correções e atualizar as informações que são encaminhadas em lote ao Inep. A ferramenta permite trabalhar com um grande volume de dados simultaneamente, proporcionando mais velocidade e maior precisão. Acredito que esses foram os aspectos que mais se destacaram e que o Inep considerou muito positivos”, afirma Constantino.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, comenta com entusiasmo o reconhecimento concedido pelo Inep à UEM. “O Programa CensoFix, que foi desenvolvido na UEM, é um exemplo dos avanços extraordinários que nossa universidade tem alcançado na vanguarda da evolução tecnológica e da inovação. Mas não bastam apenas investimentos em infraestrutura de ponta e laboratórios de pesquisa de última geração; temos que investir também em programas de desenvolvimento de talentos que capacitem nossos alunos e professores a explorar os limites do conhecimento. São pesquisadores como o professor Constantino que nos enchem de orgulho por fazermos parte de uma universidade tão diferenciada.”
O pesquisador conta que, antes de desenvolver o software, investigou a existência de ferramentas semelhantes no mercado. “Há dois anos, quando assumi esta função, senti muita dificuldade e não encontrei nenhum software disponível. Ou seja, foi de uma dificuldade interna, de lidar com os dados, e por ser profissional em computação, comecei a criar primeiras versões (da ferramenta).”
De acordo com Constantino, a coleta de dados da instituição, cursos, docentes e estudantes, incluindo as informações sobre infraestrutura, modalidades de ensino, perfil demográfico e situação acadêmica, no preenchimento do Censo da Educação Superior do Inep, ficou muito mais fácil com o software.
Atualmente, o CensoFix já é utilizado por cerca de 15 IES, entre públicas e privadas, em diferentes estados brasileiros. “O programa ajuda (o recenseador) no desafio de fazer a junção de dados de diferentes fontes e colocar tudo dentro do formato que o sistema do Inep exige”, frisa.
As IES interessadas em obter a cessão de uso do software podem acessar o site oficial da ferramenta e solicitar a sua utilização.
(Marilayde Costa/Comunicação UEM)
