O Centro Técnico de Irrigação (CTI) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) deu um salto em tecnologia com a instalação de um Pivô Central, moderno sistema de irrigação que utiliza uma estrutura giratória em torno de um ponto fixo para distribuir água de forma uniforme sobre grandes áreas agrícolas. O equipamento, adquirido por meio de convênio com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e parcerias com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), tem transformado as atividades de ensino, pesquisa e extensão no campo da irrigação.
O professor do Departamento de Agronomia (DAG), do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Roberto Rezende, destaca que o novo equipamento de irrigação trouxe um grande avanço para o CTI. “O Pivô Central é fundamental para intensificar e aprofundar os ensinamentos para os alunos tanto na parte de ensino como também no desenvolvimento das pesquisas e no trabalho de extensão, divulgando os avanços tecnológicos do setor. (O equipamento) é o que há de mais perfeito no mercado para executar irrigações, pois faz de maneira muito eficiente, particionando as lâminas, aplicando a lâmina desejada em tempos bem curtos de aplicação”, frisa.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, afirma que, ao oferecer estrutura de ponta para capacitação de estudantes e profissionais do setor, a UEM reafirma seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada. "Esse é um exemplo de como a universidade pública contribui diretamente para o avanço da produção agrícola e o uso eficiente dos recursos hídricos”, destaca Vanalli.
Dois estudantes do 5º ano de Agronomia destacam a importância do novo sistema para a formação deles. Para o aluno João Gomes, de 21 anos, a experiência prática complementou o conteúdo aprendido em sala. “Poder aprender na prática com esse novo sistema de irrigação que a gente tem na UEM foi uma experiência enriquecedora, porque com isso melhorou a parte teórica que aprendemos em sala com os nossos professores”, diz.
João também chama atenção para a tecnologia embarcada no equipamento. “O que mais chamou a atenção é que podemos operar o equipamento à distância pelo celular. Isso traz uma praticidade muito grande para a gente, vai auxiliar muito nos diversos projetos que temos ali no entorno desse pivô central.”
O estudante Tiago Dutra, de 21 anos, também está convencido de que o contato direto com o equipamento foi decisivo para consolidar seus conhecimentos sobre o sistema de irrigação. “Na prática, foi muito importante para mim como estudante de Agronomia, porque ela proporcionou um maior entendimento daquilo que é visto dentro da sala de aula, fazendo com que a gente saia da teoria para ir para algo mais concreto”, avalia. Tiago também destaca a facilidade de operação do sistema pelo celular.
Capacitação de profissionais do setor
Além de fortalecer a formação dos estudantes de Agronomia, o Pivô Central também tem impactado positivamente a capacitação de profissionais do setor que atuam em órgãos públicos do governo do Paraná e também de cooperativas. O CTI já promoveu dois cursos de Treinamento em Irrigação. A primeira turma foi composta por 20 técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), vinculado à Seab, e a segunda turma, ainda em andamento, está capacitando 18 agrônomos e extensionistas do IDR, do Instituto Água e Terra (IAT) e de cooperativas.
“A UEM está fazendo o papel dela que é formar recursos humanos, transferir conhecimento e preparar profissionais para atuar de maneira coerente e eficiente no que diz respeito à utilização de recursos hídricos, o que é uma grande preocupação não só do Paraná, mas do mundo. Estamos contribuindo com a agricultura irrigada do Paraná”, avalia Rezende. Segundo ele, o grupo de professores do CTI tem percebido que o avanço dos profissionais que estão se formando nos treinamentos tem sido grande. “A gente percebe que ‘fazer aprendendo’ e ‘aprender fazendo’ é um grande negócio”, conclui Rezende.
Para Gomes, o equipamento representa uma vantagem competitiva. “Como a água é um dos principais fatores que impactam a produção agrícola, e considerando o crescimento das áreas irrigadas no Brasil, poder ver esse sistema em funcionamento me dá a oportunidade de, no futuro, atuar na área com um diferencial. Nem todas as instituições, como nós da Agronomia UEM, contam com um equipamento desse nível tão próximo ao aluno, o que nos prepara melhor para o mercado de trabalho”, avalia.
Dutra reforça: “A instalação desse pivô proporciona que os agrônomos que são formados pela UEM tenham contato com essa tecnologia já desde a faculdade. E não só quando a gente está no mercado de trabalho, o que é muito importante, porque essa questão de irrigação é uma questão que vem crescendo muito atualmente, não só no Brasil, como no mundo inteiro.”
Com a nova estrutura, Rezende ressalta que o CTI reafirma seu compromisso em contribuir com o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada no Paraná, promovendo inovação e capacitação técnica de excelência.
(Marilayde Costa/UEM)