As provas do 25º Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná terão início neste domingo (14), com avaliação oral. Já no dia seguinte (15), os candidatos farão as avaliações escritas, que incluem questões de Conhecimentos Gerais e Redação. O resultado final será divulgado em 10 de outubro, no site vestibular.uem.br/indigena. As provas serão aplicadas em oito polos distribuídos pelo Paraná.
O processo seletivo é organizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e oferece 52 vagas para cursos de graduação em oito universidades públicas do estado. Do total de vagas ofertadas, 42 são destinadas às sete universidades estaduais: Maringá (UEM), Londrina (UEL), Ponta Grossa (UEPG), Oeste (Unioeste), Norte (UENP), Centro-Oeste (Unicentro) e Paraná (Unespar). Outras 10 vagas estão reservadas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo a professora Maria Christine Berdusco Menezes, coordenadora da Comissão Universidade para os Índios (Cuia), o vestibular é resultado da política de ação afirmativa do estado, regulamentada pelas leis 13.134/2001 e 14.995/2006, que asseguram seis vagas em cada universidade estadual. “com os vestibulares específicos o estado do Paraná se destaca em ação de políticas afirmativas e tem avançado para inclusão dos indígenas no acesso ao ensino superior público”, afirma.
Compromisso com a inclusão
A UEM, instituição responsável pela coordenação do vestibular neste ano, tem sido referência na formação de estudantes indígenas. Já graduou 50 alunos e atualmente conta com 81 matriculados, mesmo sendo a universidade mais distante das terras indígenas. A permanência estudantil é garantida por iniciativas como auxílio permanência, monitorias específicas do Programa de Inclusão e Permanência de Alunos Indígenas (Proindi), atendimento psicossocial e ações do Plano Individual de Acompanhamento do Estudante Indígena (PIAEI).
Essas medidas, segundo a Cuia, têm contribuído para reduzir a evasão e assegurar melhores condições de estudo a jovens Kaingang, Guarani e Xetá. A universidade também mantém uma sala exclusiva para estudantes indígenas na Biblioteca Central, além de oficinas pedagógicas e visitas às comunidades de origem.
Atualmente, indígenas cursam graduação em diferentes áreas presenciais e a distância, como Administração, Agronomia, Direito, Educação Física, Enfermagem, Geografia, História, Letras, Medicina, Odontologia, Pedagogia e Serviço Social; na modalidade a distância: Ciências Biológicas, História, Letras e Pedagogia.
(Adriana Cardoso/Comunicação UEM)