O câmpus regional de Ivaiporã da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi palco, na quarta-feira (24), do 9° Festival Paralímpico do Vale do Ivaí, realizado em parceria com a Prefeitura de Ivaiporã, a Itaipu Binacional, a Secretaria do Esporte e a Fundação Beneficente de Ivaiporã (FBI).
Organizado pelo departamento de Educação Física, o evento, já tradicional na cidade do Vale do Ivaí, reuniu 960 atletas de 48 instituições de ensino e entidades de 45 municípios paranaenses. As atividades do Festival contaram com o suporte de cerca de cem integrantes, entre professores, agentes e estudantes, mobilizando a UEM e a comunidade local para celebrar a inclusão e a acessibilidade por meio do esporte paraolímpico.
O reitor Leandro Vanalli enfatizou a importância dos jogos e o que será implantado em breve.
“O Festival Paralímpico traz uma energia e uma resposta para toda a comunidade. Devemos ser empáticos e pensar nas pessoas, na inclusão e no desenvolvimento cognitivo. A universidade tem um papel fundamental nesse sentido. A UEM representa essa ativação entre as pessoas e promove o bem-estar através do esporte. Parcerias precisam ser estabelecidas. É o nosso papel como agentes fomentadores de educação, desenvolvimento e inclusão”, disse o reitor.
Mais investimento para a próxima edição
O coordenador do Festival, Ricardo Carminato, festejou o sucesso da competição e antecipou que a edição do ano que vem será ainda melhor, com novo aporte – de R$ 35 mil – vindo da Itaipu Binacional e investimento de aproximadamente R$ 9 milhões da Prefeitura de Ivaiporã na revitalização do Complexo Esportivo Sapecadão, espaço no qual ocorreram as disputas.
“Estamos nesta edição batendo todos os recordes. Com certeza é o maior evento do Brasil nesse formato e que busca a inclusão através do esporte, da socialização e de garantia dos direitos fundamentais para essa população tão excluída e tão fora dos padrões que a sociedade impõe. E para o ano que vem esperamos um Festival ainda maior”, prometeu o coordenador.
A vice-reitora Gisele Mendes exaltou o trabalho do curso de Educação Física do câmpus regional e o apoio dos patrocinadores para o êxito do Festival, enfatizando a necessidade de observância do direito das pessoas com deficiência à prática esportiva.
“A gente sabe que é muito importante a inclusão dessas pessoas. Inclusive através de lei nacional que inclui a pessoa com deficiência. A lei 13.146 traz um rol de atividades de lazer e de esporte às quais elas têm direito e este Festival Paralímpico faz essa integração. A gente fica muito feliz de poder participar”, explicou a vice-reitora.
Já o diretor do câmpus de Ivaiporã, Eduard Bendrath, destacou a relevância da competição no contexto de trabalho do curso de Educação Física.
“O 9º Festival Paralímpico é o reflexo de ações que já vêm acontecendo no curso de Educação Física, que associa as disciplinas específicas de formação, gestão, paradesporto, crescimento, desenvolvimento e contribui para a formação dos alunos. Consequentemente, e em paralelo, também para as crianças beneficiadas com essas ações de prática desportiva. O evento foi crescendo a cada ano e tomou uma proporção em nível estadual e, se continuar nessa tocada, em nível nacional nos próximos anos”, afirmou o diretor.
Atletas competiram nas modalidades de atletismo, bocha e tênis de mesa
Ocorrendo na mesma semana dos dias nacionais de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e do Atleta Paralímpico (22), a competição congregou atletas em provas de atletismo, bocha adaptada – modalidade que estreou nesta edição do Festival – e tênis de mesa. Todas as disputas foram realizadas em espaços acessíveis, com alimentação e suporte fornecidos por acadêmicos e voluntários.
O mesatenista Eleandro da Silva Rodrigues, de Piraquara, elogiou a organização da competição e explicou o que entende ser o papel social de um evento da magnitude do 9º Festival Paralímpico.
“É importante para o desenvolvimento da pessoa com deficiência física. Sou atleta desde os 11 e o Festival incentiva bastante. Anima quem está começando agora. Na verdade, os pais têm de ajudar também. A família tem de incentivar as pessoas a serem atletas e gostarem do esporte”, afirmou o mesatenista.
Evento começou em 2014
A primeira edição do evento paralímpico ocorreu em 2014, idealizado por Carminato, para um contingente de aproximadamente cem pessoas. A partir da seguinte, o Festival se consolidou, fortalecido pelo apoio de parceiros e patrocinadores, como a Prefeitura. Carlos Gil, atual prefeito de Ivaiporã, se mostrou orgulhoso do impacto social do Festival.
“Sediar esse evento com a UEM é muito bacana. Fazemos sempre questão de estar participando e ajudando, sendo um verdadeiro parceiro da universidade aqui no câmpus do Vale do Ivaí. Ivaiporã, juntamente com a UEM, é sede do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), status que só reforça o trabalho feito pelo curso de educação física da UEM”, comemorou o mandatário da cidade.
De acordo com a organização, o Festival envolveu cerca de 1,4 mil pessoas, entre atletas, professores, motoristas, acompanhantes, servidores e acadêmicos.
(Fábio Candido/Comunicação UEM)