A Universidade Estadual de Maringá (UEM) marcou presença no ranking de pesquisadores mais citados do mundo, elaborado e divulgado pela Universidade de Stanford (EUA), em parceria com a editora Elsevier. Ao todo, 11 pesquisadores da UEM figuram na lista, que reconhece cientistas com impacto global em suas áreas, com base em citações na base de dados Scopus e influência na produção científica.
A lista identifica aproximadamente 2% dos cientistas mais influentes do mundo, considerando o último ano. Os pesquisadores da UEM listados no ranking, por ordem de classificação, são: Sidinei Magela Thomaz (31.714), da Biologia Marinha e de Água Doce; Marcos Luciano Bruschi (37.077), da Farmácia; Maurício Guimarães Araújo (49.873), de Odontologia; Valter Afonso Vieira (74.657), de Administração; Ângelo Antônio Agostinho (82.288), da Pesca; Jesuí Vergílio Visentainer (88.048), da Ciência dos Alimentos; Rosângela Bergamasco (110.364), da Engenharia Química; Danielle Katharine Petsch (125.219)*, da Biologia Marinha e de Água Doce; André Cazetta (147.939), da Engenharia Química; Haroldo Valentin Ribeiro (162.441), da Física; e Celso Vataru Nakamura (246.895), da Farmácia.
O ranking também divulga os cientistas mais influentes, considerando as citações ao longo da carreira. Nessa classificação, figuram oito pesquisadores da UEM: Araújo; Agostinho; Bruschi; Thomaz; Visentainer; Nakamura e, além deles, Marcelo Moreira Cavalcanti, da Matemática; e Benedito Prado Dias Filho, da Microbiologia.
Para o reitor Leandro Vanalli, a posição dos pesquisadores da UEM só fortalece a qualidade da pesquisa que é desenvolvida na universidade. “O resultado é muito gratificante para todos da nossa amada UEM, pois ratifica que a pesquisa é de qualidade, com a capacidade de gerar fomento para o desenvolvimento de uma região e melhorar a vida das pessoas. Vale destacar que a UEM é a universidade que teve mais pesquisadores citados no ranking dentre as estaduais do Paraná. Parabéns a todos os pesquisadores da UEM, que realizam um trabalho comprovadamente de excelência”, comentou.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, destacou a participação constante da instituição em rankings internacionais. “A UEM teve um investimento muito grande na capacitação de docentes e pesquisadores e isso está sendo convertido em trabalhos publicados que continuam sendo citados. De uma forma geral, nós entendemos que esse reconhecimento é muito bom para a Universidade Estadual de Maringá e para as outras universidades paranaenses, porque é fruto de um trabalho árduo”, afirmou.
Danielle Katharine Petsch traçou toda a trajetória acadêmica na UEM, incluindo graduação em Ciências Biológicas, mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais e pós-doutorado. No ranking, ela ainda aparece vinculada à Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), onde atuou por dois anos, até fevereiro de 2025, quando tomou posse como professora efetiva da UEM. Ela também já havia atuado na instituição como temporária.
“É uma enorme honra integrar a lista dos pesquisadores mais influentes do mundo, especialmente ao lado de pioneiros do Nupélia-UEM que admiro profundamente. Estar no ranking representa não apenas um reconhecimento individual, mas também uma conquista coletiva, resultado da colaboração de pesquisadores comprometidos com a ciência. Este reconhecimento é um grande incentivo para mim, como mulher em início de carreira docente, e espero que possa inspirar outras jovens pesquisadoras a persistir na ciência”, declarou Petsch.
IEES do Paraná
Ao todo, 25 pesquisadores de Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do Paraná estão na lista que considera as citações de 2024. Além da UEM, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) tem nove cientistas; a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) tem três; e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), dois.
Ranking Stanford/Elsevier
O Stanford/Elsevier Top 2% Scientist Rankings baseia-se nas citações científicas de 2024. Este ranking inclui aproximadamente 2% dos pesquisadores mais citados no mundo, avaliados por uma série de métricas, como o índice h (quantifica produtividade e impacto com base nos artigos mais citados), ajustes de coautoria e uma pontuação de citação composta (score-c), que busca refletir a relevância dos cientistas para além do número total de publicações.
Publicado sob o título “August 2025 data-update for ‘Updated science-wide author databases of standardized citation indicators’”, o levantamento utiliza dados do banco Scopus da Elsevier, que passaram por análise detalhada realizada pelo pesquisador John Ioannidis e sua equipe na Universidade de Stanford. A metodologia classifica os pesquisadores em 22 áreas científicas e 174 subcampos com base em parâmetros estabelecidos pela Science-Metrix, considerando o impacto das publicações e autocitações, com base em dados Scopus fornecidos pela Elsevier por meio do ICSR Lab. A classificação é dividida em duas categorias: citações anual, de 2024, e citações ao longo de toda a carreira.
(Mônica Chagas/Comunicação UEM)
