A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, apresentou na terça-feira, 30, na Câmara de Vereadores, o 2º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) de 2025. Entre janeiro e agosto, os investimentos na saúde passaram de R$ 793 milhões para R$ 883 milhões, conforme atualização da Lei Orçamentária Anual (LOA). Desse montante, R$ 609 milhões foram utilizados para os serviços de média e alta complexidade (71,62%), Atenção Básica (18,91%), Administração Geral (5,82%), Vigilância em Saúde (3,06%) e Encargos Especiais (0,59%).
O relatório também mostra que 50,3% dos investimentos em Saúde do município foram custeados com recursos do governo federal, o que representa R$ 306 milhões. Outros R$ 249 milhões (40,8%) são recursos próprios, R$ 40 milhões (6,6%) são pelo governo estadual e R$ 13 milhões (2,16%) foram viabilizados por meio de operações de crédito. Neste cenário, Maringá registrou aumento de 12,6% nas receitas arrecadadas da União e do Estado, em relação ao mesmo período de 2024, passando de R$ 260 milhões para R$ 292,8 milhões. "Desde o começo do ano temos buscado ampliar ainda mais a parceria com os governos federal e estadual em busca de recursos para Maringá, para garantir o atendimento que a população maringaense busca e precisa", destaca o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, relembrando que Maringá foi escolhida como cidade-piloto no Paraná para o programa Agora Tem Especialistas, do governo federal.
“O orçamento de 2026 apresentado na Câmara Municipal, que foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, contempla as reivindicações dos conselheiros, das propostas aprovadas na Conferência Municipal de Saúde e dos vereadores, como construções, reformas, ampliações e ampliação dos serviços. Com isso, a expectativa é que os investimentos alcancem R$ 1 bilhão em 2026”, afirmou Nardi.
Indicadores - Além do avanço orçamentário, o relatório apresentou o desempenho do município em relação aos indicadores pactuados junto ao Ministério da Saúde. No segundo quadrimestre de 2025, a Prefeitura priorizou o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família (ESF), que alcançou 84,58% de cobertura, acima da média nacional de 83,50%. Com a contratação de 220 profissionais de saúde para recompor as 99 equipes de ESF, as equipes passaram a estar 100% completas, ampliando os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Outro indicador positivo foi a cobertura das condicionalidades de saúde do programa Bolsa Família, que alcançou 91,2%, superando a meta de 84,5% e reforçando o avanço na proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade.
A especialidade de Fisioterapia registrou aumento de 6,98% no número de atendimentos, passando de 8,8 mil, entre janeiro e abril, para 9,4 mil, de maio a agosto. O índice de ausência em consultas e exames especializados diminuiu 25%, em relação ao primeiro quadrimestre do ano – mostrando a conscientização da população sobre a importância de comparecer no dia e horário agendados previamente. Outro crescimento significativo foi a participação da população no monitoramento da construção de políticas públicas, com 100% dos Conselhos Locais de Saúde ativos.
Na atenção à mulher, a proporção de gestantes com atendimento odontológico superou a meta estabelecida, alcançando 42,5% diante do previsto de 42%. A cobertura estimada pelas equipes de Saúde Bucal também ultrapassou a meta, atingindo 65,1% (contra 58,7% previstos). O município implantou ainda o serviço de Saúde Bucal Domiciliar, com expectativa de expansão.
Além de ações implantadas, o relatório contempla as obras previstas no Plano Municipal de Saúde, como a construção da UBS Andrea, com 88,52% de execução. Já a reforma da UBS Vila Operária está com 99,84% da obra executada. A reforma da UPA Zona Norte deverá começar a partir de 10 de outubro.
(Texto: Comunicação PMM. Foto: Keila Marques/PMM)