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Outubro Rosa foca na prevenção dos cânceres de mama e colo de útero
Por Administrador
Publicado em 03/10/2025 08:53
Notícias de Maringá

O mês de outubro é marcado pela campanha Outubro Rosa, de conscientização contra os cânceres de mama e colo de útero. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), do Governo Federal, o País contabiliza mais de 70 mil novos casos de câncer de mama e 17 mil novos casos de câncer de colo de útero todos os anos. O trabalho preventivo é necessário para todas as mulheres, já que ambos os cânceres não têm sintomas inicialmente, somente quando já há avanço das doenças.

O Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) atua como unidade de referência secundária no diagnóstico de mulheres com câncer de mama. Segundo a mastologista Geisiela Campanerutti, as pacientes são atendidas no Ambulatório de Especialidades, com consultas previamente agendadas. Em caso de indícios da doença ou necessidade de exames complementares, são encaminhadas para unidades de referência terciária, responsáveis pelo tratamento oncológico.

A mastologista destaca a importância do autoexame, popularmente conhecido como “exame de toque”. O autoexame permite à mulher conhecer melhor o próprio corpo, identificando caroços, nódulos ou deformações, tanto nas mamas quanto na região das axilas, que podem ser sinais de alterações. Ele pode ser realizado em pé, diante do espelho, deitada ou mesmo durante o banho, com movimentos circulares e atenção especial a sinais de alerta.

O autoexame deve ser iniciado a partir dos 20 anos e não substitui os exames de rastreamento e diagnóstico médico, sendo uma forma complementar — e muito importante — de combate à doença.

Geisiela também ressalta a relevância dos cuidados com os hábitos de vida, já que o controle adequado do peso, a prática regular de atividade física e a cessação do tabagismo são fatores comprovadamente associados à redução do risco de câncer de mama. Ela enfatiza que o diagnóstico precoce é o principal diferencial para o sucesso do tratamento, garantindo chances de cura acima de 95%.

Colo de útero

Já os casos de câncer de colo de útero (ou câncer cervical) são, em sua maioria, causados por infecções persistentes do Papilomavirus Humano (HPV), a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. A prevenção consiste principalmente na realização periódica do exame papanicolau, que deve ser feito todos os anos.

Segundo o chefe da Divisão do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia e coordenador da residência médica em Ginecologia e Obstetrícia do HUM, Nevton Bringmann, o Hospital Universitário atende mulheres no Ambulatório de Especialidades, via Ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior. Os atendimentos são realizados às sextas-feiras, pela manhã, por agendamento.

O médico ginecologista atenta para a importância da realização do exame preventivo. “A vacinação contra o HPV previne um número restrito de cepas do HPV, e já são mais de 200 cepas identificadas. A vacinação deve ser incentivada, como uma poderosa auxiliar, mas o exame é muito importante”, mencionou. A vacinação contra o HPV no Brasil está disponível na rede pública e é direcionada a meninos e meninas de 9 a 14 anos, adolescentes de 15 a 19 anos, imunossuprimidos, usuários de Profilaxia Pré-Expósição ao HIV (PrEP), vítimas de abuso sexual e ou indivíduos com Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR). Infecções por HPV estão entre as principais causas do câncer de colo de útero no Brasil.

O Ambulatório da UEM atende à comunidade universitária com consultas e exames de preventivos. O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC) da UEM realiza exames papanicolau para a comunidade acadêmica da Universidade. Em 2024, fez cerca de 4 mil exames, uma média de 333 atendimentos por mês. Os atendimentos costumam aumentar bastante durante os meses de outubro, novembro e dezembro, mês de maior atenção à saúde da mulher.

Em agosto deste ano, a docente Márcia Consolaro, do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) da UEM, participou da elaboração das “Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero”, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde. O documento visa à instauração progressiva no Brasil do teste molecular, que pode ser realizado em casa pelas próprias mulheres. A intenção da medida é aumentar a cobertura do diagnóstico do câncer de colo de útero no País. 

(Texto: Willian Fusaro/Comunicação Hospital Universitário)

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