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Parceria traz IA para aprimorar climatologia da Universidade Estadual de Maringá
Por Administrador
Publicado em 04/10/2025 23:20
Notícias de Maringá

Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) lançou, na quinta-feira (2), no auditório da Reitoria, o Centro de Estudos Climáticos, resultado de parceria da instituição com a cooperativa agroindustrial Cocamar e a empresa suíça Meteoblue de serviços meteorológicos.

O lançamento integrou o InovaWeek 2025, evento colaborativo de inovação de Maringá, e teve por objetivo apresentar a tecnologia de inteligência artificial (IA) que a Meteoblue, trazida pela Cocamar, oferecerá à UEM – sem custos – para o desenvolvimento de dados climatológicos do município.

A iniciativa, inédita no País, é capitaneada pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) e ficará a cargo do departamento de Geografia (DGE), responsável pela Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM), onde a nova tecnologia será instalada. Com a utilização da IA, o Centro vai promover um mapeamento mais assertivo do clima da cidade, gerando dados disponíveis para pesquisas abertas a toda a comunidade acadêmica.

O fornecimento da tecnologia à UEM foi definido em reunião da Câmara Técnica do Agronegócio, da qual NIT e Cocamar fazem parte, como resultado da demanda do setor por uma atuação maior da universidade no estudo de fatores climáticos e seu impacto para a agroindústria.

IA a serviço da tradição

O reitor da UEM, Leandro Vanalli, festejou a parceria, destacando a tradição de 40 anos da instituição na previsão climatológica, voltada ao desenvolvimento urbano e agrário do município e da região noroeste.

“É uma satisfação muito grande poder fazer convênio com empresas, cooperativas, demais órgãos de pesquisa e ensino, mostrando que a UEM está aberta à sociedade. A previsão de tempestades e demais ações intensas que podem provocar danos, como enchentes e quedas de árvores, já fazemos em nossa estação, com apoio do departamento de Geografia e o CCH, que também interagem com os demais centros e cursos através desse patrimônio que é a nossa Estação. E agora, com o convênio, poderemos potencializar outros eixos dessa mesma temática sempre em parceria com pesquisadores que já atuam na UEM e que poderão fazer mais e melhor”, afirmou Vanalli.

O diretor-executivo da sucursal brasileira da Meteoblue, Miro Freire de Lima Júnior, destacou o pioneirismo da UEM na utilização da tecnologia e disse que a implantação da IA no ECPM vai possibilitar “uma base de pesquisa absurda” à instituição. A empresa suíça já fornece informações climáticas a grandes empresas do Brasil, mas é a primeira vez em solo nacional que celebra parceria exclusivamente para o desenvolvimento de dados.

Contribuição da UEM

Na parceria, a UEM vai contribuir com a produção de mapas de calor, que demandam calibragem local e elaboração de estudos para validar dados resultantes do mapeamento e que alimentarão a IA da Meteoblue para tornar mais precisa a geração de informações climatológicas pela universidade.

“Estamos aqui para melhorar e incrementar. Não queremos sobrepor a nossa tecnologia. Quanto mais informação a nossa IA recebe, mais ela aprende e melhor é o dado de quem recebe. Esse é o nosso objetivo: integrar mais fontes de informação, estações, radares e estudos locais porque isso nos ajuda a aprimorar os dados”, explicou Lima.

O coordenador da ECPM, Leandro Zandonadi, celebrou a parceria e o fato de que a introdução da IA possibilita a produção de pesquisas de áreas diferentes e com vários enfoques, tanto no ambiente urbano quanto no rural.

“A gente vê com muito bons olhos essa parceria. É um avanço bem significativo e abre portas para que possamos entender melhor o clima tanto no município quanto em toda a região. De fato, vai trazer a possibilidade de entendimento muito mais aprofundado das características climáticas e do que essa atmosfera pode nos trazer de impactos e como podemos nos precaver para antever essas possibilidades”, explicou.

A parceria celebra a tradição de inovação empreendida pela UEM por meio da difusão da produção científica e da abertura a convênios em benefício do desenvolvimento econômico e social. 

(Fábio Candido/Comunicação UEM)

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