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CATARINENSE – Chapecoense conquista o penta estadual
Futebol - Campeonato Catarinense
Publicado em 09/05/2016

 

Cleberson Silva/Chapecoense

A história vai contar que o dia 8 de maio de 2016, Dia das Mães, foi a data que marcou o quinto título catarinense da Associação Chapecoense de Futebol – 1977, 1996, 2007, 2011 e 2016. Um domingo chuvoso, com frio e que levou 15.279 torcedores até a Arena Condá.

Deve registrar ainda que o jogo teve mais de 10 minutos de paralisação, em virtude do gramado encharcado. Vai lembrar que o Joinville, que precisava vencer por dois gols de vantagem, saiu na frente e teve a chance de fazer o segundo aos 22 minutos. Só que Danilo defendeu o chute de Pereira.

 

Terá um capítulo especial sobre o 23º minuto de jogo no segundo tempo. Quando Lucas Gomes aguardou o momento certo para rolar a bola para o camisa 9 da Chapecoense. Fazia 4 minutos que Bruno Rangel estava em campo. Ele invadiu a grande área, esperou a movimentação do goleiro Agenor e tocou por cima, no canto esquerdo da meta. Foi o 10º gol do BR9. Artilheiro isolado do Campeonato Catarinense 2016. Predestinado.

 

Os livros irão registrar ainda: os 25 minutos restantes da partida, as poucas chances criadas. A grande festa na arquibancada. E que arquibancada. O torcedor da Chape foi fora de série. Isso antes, durante e depois do jogo. Todos mereceram a conquista do quinto título. O dia 8 de maio de 2016 entrará de vez para a história da Chape. 

 

Sabemos que chegou a hora de comemorar o desfecho de um ciclo de trabalho. De todos. A conquista não resume-se aos 90, ou pouco mais de 180 minutos das duas partidas decisivas. Seria um absurdo desconsiderar toda dedicação dos últimos cinco meses.

 

O recesso de fim de ano não teve 30 dias no departamento de futebol da Chape. A comissão técnica simplesmente mudou a chave do botão on/off? Não. Foram raros os dias no fim de 2015 em que se deixou de tratar ou pensar sobre o futebol profissional da maior cidade do oeste.

 

5 de janeiro de 2016. Grupo praticamente fechado. Começava ali a segunda etapa do processo.  Era o primeiro dos 126 dias de preparação. Isso mesmo. Foram quatro meses intensos. Mais de 1.200 horas de treinamentos por mês. Quase 5 mil horas no período. Mais de 1.000 horas entre viagens e concentrações. Tantos números para um objetivo. O título catarinense de 2016.

 

Para isso, seria fundamental a estrutura oferecida pelos dirigentes. O clube alinhou-se às necessidades. Como manter, durante tanto tempo, o foco de 39 atletas – homens, pais de família, pessoas comuns – na direção da mesma meta? Conjunto. Todos os departamentos mirando aquele mesmo objetivo. Os profissionais que carregam o escudo da Associação Chapecoense de Futebol foram sempre além. 

 

Agora sim. Caberia ao grupo de jogadores desenhar dentro e fora de campo os trilhos para poder erguer o troféu. Troféus diga-se de passagem. Nas 20 partidas que sucederam a caminhada do Verdão no estadual, em momento algum despiu-se da responsabilidade de brigar pela quinta estrela. Porém, sem nunca deixar de enaltecer que isso só seria possível com uma das palavras que mais dignifica o homem. Trabalho.

 

E como se trabalhou neste período. Durante a semana, nos fins de semana, nos feriados, com sol, com calor, com frio, com neblina, com chuva, com muita chuva. Em momento algum, esses jogadores tiraram o pé ou esmoreceram.

 

Apesar da ótima campanha (13 vitórias, 4 empates e 3 derrotas), as críticas vieram. Sem problema. Um grupo maduro que soube entender. Soube compreender que precisariam se doar ainda mais. E assim foi feito.

 

Um grupo de guerreiros, como todos costumam reverenciar. Guerreiros sim. Na batalha de campo. Na batalha do dia a dia. Afinal, é sempre bom lembrar que os nossos “heróis” são feitos de carne e osso, erram e acertam como cada ser humano.

 

Mas o grupo formado é diferenciado. Grupo maduro que em momento algum deixou a desconfiança tomar conta do vestiário.  Afinal, o objetivo havia sido traçado ainda no ano passado. Premiou-se o planejamento, a responsabilidade, a transparência, o comprometimento e o trabalho. Premiou-se a melhor campanha do campeonato. Enfim, encerrou-se o ciclo. E na história está escrito. Somos cinco vezes campeões estaduais. Ponto final. (ChapecoenseOficial)

 

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