“Vô Leone”, como é chamado pelos colegas corredores, é o membro mais velho do grupo de corrida Energia Unimed. Aos 72 anos, ele esbanja disposição e disciplina. Às segundas e quartas-feiras, treina com o grupo, às terças e quintas frequenta o Espaço Viver Bem e faz treino funcional. Já no sábado ou no domingo corre por conta, sem se preocupar com a quilometragem, fazendo o que os corredores chamam de “longão”.
O estilo de vida do aposentado começou a mudar depois que parou de trabalhar. Segundo ele, sem a rotina de trabalho, começou a engordar e ficar muito tempo dentro de casa. “Aquilo começou a me incomodar, foi aí que um amigo me convidou para fazer caminhadas. Começamos, mas com o passar do tempo só andar não me trazia prazer. Depois disso, comecei a correr e não parei mais”, diz.
No apartamento onde mora, uma das paredes da sala está reservada para os símbolos das conquistas. São 45 troféus e mais dezenas de medalhas que são motivo de orgulho.
Para ele, todos são especiais, mas alguns merecem ter as histórias contadas: um deles é o primeiro troféu, de março de 2015, conquistado em uma corrida noturna em Maringá; outro é o terceiro lugar na Prova Rústica Tiradentes de 2017.
“Esse terceiro lugar, para mim, tem sabor de primeiro. Ser premiado na Tiradentes é umas das minhas conquistas mais importantes”, revela.
Mesmo considerando especiais as provas de Maringá, o aposentado viaja em busca de outros desafios. Desde 2015, já correu no Rio de Janeiro, em Foz do Iguaçu, Londrina, Toledo, Gramado e até no Chile. A esposa dele não corre, mas está sempre junto nas viagens. “Minha família me incentiva muito. Tanto a esposa, como os filhos e netos, sempre que podem me acompanham. Isso me faz muito bem”.
De acordo com o educador físico do grupo Energia Unimed, Edvando dos Santos, os resultados de Leone nas competições são reflexo da determinação e disciplina nos treinos. “É um corredor exemplar, não falta por nada e está sempre disposto e animado”, diz. “Essa é uma fase da vida que muita gente costuma se fechar, ficar muito em casa, o que prejudica a saúde física e mental, por isso sempre incentivamos também a terceira idade a vir correr”, acrescenta.
Para a colega de corrida, Luzia Trentin, Leone é um exemplo aos outros membros do grupo. “Sem dúvida ele serve de incentivo. É bonito ver como ele se realiza estando aqui”, diz.