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Falta de itens de segurança e imprudência de pedestres são principais causas de acidentes fatais no trânsito
Notícias de Maringá
Publicado em 24/04/2019

 

 

Pesquisa realizada pelo Projeto Vida no Trânsito apontou que todos pedestres envolvidos em acidentes fatais em 2018 transitavam fora da faixa ou com o semáforo de pedestre vermelho. O estudo também indicou que no mesmo ano, das oito mortes com ciclistas, todos não utilizavam o capacete, e todas as vítimas com automóveis não utilizavam cinto de segurança.

 

O trabalho reúne informações do sistema do governo do estado para identificar os fatores e condutas de risco dos acidentes fatais na área urbana de Maringá. Participam da comissão de análise de dados a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), Secretaria de Saúde, Secretaria do Estado de Saúde, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

 

Em 2018 foram registrados 6.467 acidentes, resultando em 43 mortes com os seguintes meios de transporte: motocicleta (23), bicicleta (8), automóvel (4) e 9 pedestres. A maioria dos acidentes (28) ocorreram de quinta e sábado, principalmente no período noturno (12).

 

Além da atitude imprudente do pedestre, estão entre os principais fatores para os acidentes fatais por parte dos condutores, a velocidade dos veículos e a conversão e cruzamento de vias sem observar a preferência. Das 23 vítimas com motocicletas, 18 tinham de 20 a 39 anos. Já das 9 vítimas pedestres, 4 tinham 70 anos ou mais.

 

O integrante da comissão do Projeto Vida no Trânsito e gerente de Educação de Trânsito da Semob, Rafael Martins, ressalta que a análise de dados é fundamental para o desenvolvimento de ações preventivas. “Medidas balizadas com dados concretos já surtem efeito. No ano passado após a intensificação de campanhas para idosos houve uma redução considerável de acidentes fatais com essas vítimas”, explica.

 

O Projeto é uma iniciativa brasileira voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito 2011 - 2020. 

 

Tem como foco das ações a intervenção em dois fatores de risco priorizados no Brasil: dirigir após o consumo de bebida alcoólica e velocidade excessiva e/ou inadequada, além de outros fatores ou grupos de vítimas identificados localmente a partir das análises dos dados, notadamente acidentes de transporte terrestre envolvendo motociclistas.

 

O “Vida no Trânsito” é coordenado pelo Ministério da Saúde, em uma articulação interministerial e parceria com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas). Em Maringá, além dos órgãos da comissão de análise de dados o projeto conta com a participação da Secretaria de Educação (Seduc), Núcleo Regional de Educação, Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

 

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