O que sempre fica do Erechim Rally Brasil é a alegria de um público apaixonado, que lota as arquibancadas e preenche praticamente todo o roteiro de prova! A edição de 2019 foi realizada neste último final de semana – de 30 de maio a 02 de junho –, na cidade de Erechim (RS) e contou com um grid de 57 veículos nas categorias RC2, RC4, RC3 e RC5. O evento foi válido pela segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade, além de somar pontos pelo Campeonato Gaúcho de Rally de Velocidade, Copa Maxi Rally e Copa Absoluto Tração Simples Codasur.
No total, foram 153 quilômetros de trechos cronometrados, divididos entre as especiais SS São Roque – Kerber Mix, SS Vale Dourado – Cristalina, SS Vale dos Parreirais – Cavaletti, SS Barão de Cotegipe e SS Verdureiros – Paulo Bento. Choveu bastante na região nos dias que antecederam ao certame, o que fez a maioria das equipes repensar as estratégias previamente traçadas, afinal, em um piso liso e molhado, todo cuidado é pouco (principalmente, em um rali tão difícil, rápido e traiçoeiro como o Rally de Erechim).
O piloto Luiz Poli e o navegador Damon Alencar já tinham adotado uma estratégia mais cautelosa para o Erechim Rally Brasil e, sob as características de terreno que encontraram durante o levantamento do trajeto, optaram por poupar o carro e evitar que saíssem da estrada – o que acarretaria em perda de tempo ou, até mesmo, avarias mecânicas –, com isso, graduaram algumas das curvas com um nível abaixo do ideal.
“Justamente para não corrermos riscos. Mas, com a passagem dos veículos e com o Sol que (discretamente) apareceu durante a disputa, o solo secou e, o que poderia ter tido uma tocada um pouco mais arrojada, manteve-se conservadora”, detalhou o navegador.
Ao final do primeiro dia do Erechim Rally Brasil, a dupla ocupou o terceiro lugar da categoria, além de somar um ponto extra com a vitória no Power stage.
Certos de que poderiam conquistar um resultado melhor, Luiz e Damon seguiram mais confiantes para as baterias do domingo (02). Tudo vinha dando certo e os competidores já haviam assumido a segunda posição no ranking geral da categoria, quando na penúltima especial... “Estávamos posicionados para a largada do penúltimo trecho cronometrado; ao finalizarmos a contagem regressiva e recebermos o sinal verde para acelerar, ao tirar o pé da embreagem e pisar no acelerador, foi como se o carro estivesse em ponto morto... Ele não respondeu!”, contou decepcionado, Poli. “Tentamos encontrar uma solução para não abandonarmos a prova, mas nada foi possível. O motivo foi a quebra do câmbio. É lamentável, pois estávamos bem posicionados e ia dar pódio em um rali tão difícil, sensacional e marcante como Erechim; mas, esses tipos de contratempos fazem parte do nosso esporte. Sigamos em frente”, completou.
A próxima etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade é na cidade de Lençóis Paulista, interior de São Paulo, dos dias 26 a 28 de julho.
(Foto: Edson Castro/Divulgação)