A Prefeitura de Maringá fomenta o artesanato na cidade oferecendo novos pontos de comercialização para os artesãos. No Parque do Ingá abriu a loja de suvenires e, no entorno da reserva, criou a Feira do Parque. Também projeta a “Casa do Artesão”, um espaço permanente na praça Napoleão Moreira.
“O objetivo é aliar artesanato e turismo em apenas uma ação. Criar espaços para que os artesãos comercializem o seu trabalho ao mesmo tempo em que o turista tenha fácil acesso às lembranças da cidade”, explica o diretor de Turismo da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Seide), Luiz Fernando Neves.
A loja de suvenir no interior do Parque do Ingá conta com a participação de seis associações que comercializam as lembranças de Maringá (produtos variam em média de R$ 10 a R$ 50). A loja funciona aos domingos, das 10 às 17 horas, próximo à lanchonete e pedalinhos.
A aposentada Marie Sakamoto, 65 anos, trabalha há mais de dez anos com o artesanato que transforma sobras de tecidos de facções em sacolas, capas de celulares e outros produtos. Sobre a loja de suvenires explica que o local é um grande incentivo ao artesão. “Com nossas lembranças, de certa forma, vendemos a cidade, fomentando o turismo. Estamos motivados com o incentivo e buscamos melhorar cada vez mais nossos produtos”, enfatiza.
A Feira do Parque também é mais um importante ponto de comercialização. Realizada também aos domingos reúne cerca de 60 barracas de artesanato com a participação de 14 associações, contando ainda com food trucks entre outras opções gastronômicas e apresentações musicais para a comunidade.
O projeto da “Casa do Artesão” na praça Napoleão Moreira está em fase final. A comercialização permanente e com mais horários poderá ser feita em um container adaptado, estrutura que alia sustentabilidade e economia de recursos. Visto que esses equipamentos têm em média somente oito anos de validade para utilização no mar, são alternativas para construções rápidas e de baixo custo.
Além de ampliar os pontos de comercialização, a administração municipal promove capacitações em parceria com o Sebrae para o empreendedorismo. Também são pensados cursos de iconografia turística, refinando os suvenires por meio de artesanatos que remetem diretamente à cidade com pontos turísticos e outros símbolos da cidade.
A gerente de Turismo da Seide, Marlei Cardoso, salienta que além da questão econômica, o artesanato na cidade “salvou vidas”. “Temos casos de vitórias contra o alcoolismo, o Mal de Parkinson e outros problemas de saúde que tem no artesanato uma alternativa interessante de salvar vidas”, ressalta.
Marlei destaca ainda o aumento do número de artesãos. “Nos últimos dois anos, de oito associações o número saltou para 16 e reúne 300 artesãos. Embora a maioria dos artesãos sejam idosos, a cada dia mais jovens se interessam pelo artesanato”, acrescenta.
(Foto: Aldemir de Moraes/PMM)
MAIS...