Remédio não educa. A frase ecoa com frequência entre especialistas que debatem o excesso de medicamentos receitados para crianças como solução para agressividade, timidez, agitação, oscilações de humor, dificuldades de concentração, entre outras sintomas que justificariam o uso de remédio.
Na perspectiva da psicologia e da psicanálise, há uma fronteira a ser respeitada entre comportamento típico da infância e o entendimento médico de que é preciso interferir com medicamento para corrigir o que se percebe como algum tipo de desvio. Ainda não se pacificou um ponto de equilíbrio nessa discussão.
O assunto será tema de debate promovido pelo Provopar de Maringá em parceria com o Núcleo de Psicanálise do Norte do Paraná .
A palesta 'Medicalização na Infância: Uma Reflexão Psicanalítica' será realizada no próximo sábado, 17, a partir das 14 horas, no Auditório Hélio Moreira. A participação vale um 1kg de alimento ou 1 litro de leite.
A palestra será dada pela professora de pós-graduação de Psicanálise da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Niracema Kuriki, que tem se debruçado sobre o tema para enriquecer o debate a apontar caminhos nesse meio ainda controverso, onde pais são apresentados a diagnósticos imprecisos, gerando dúvida sobre como exatamente enfrentar o problema.
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