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Festa Literária Internacional de Maringá tem 39 autores, muitos livros, shows, palestras e debates
Notícias de Maringá
Publicado em 16/10/2019

Somente a lista de convidados já seria suficiente para o público frequentar e participar da Festa Literária Internacional de Maringá (FLIM) 2019. Mas há ainda uma ampla programação. Incluindo debates, palestras e workshops com assuntos relevantes e convidados famosos. São 39 autores, entre locais e estrangeiros, que estarão no estacionamento do estádio Willie Davids, entre 6 e 10 de novembro.

 

Haverá 40 eventos entre palestras, debates, shows, oficinas, contação de histórias, lançamentos de livros, entre outros. "É oportunidade do público estar próximo a autores conhecidos que escreveram livros importantes", comenta o secretário da Cultura, Miguel Fernando.

 

Também uma feira literária com expositores de lojas, livrarias, editoras, artesanato, universidades, teatros, órgãos públicos, entre outros. E ainda visitação de grupos escolares.

 

Todos os segmentos do mercado literário estarão representados. Desde artistas e profissionais com experiência em edição de livros, revistas, jornais, histórias em quadrinhos, literatura infantil, jornalismo investigativo, biografias, ilustração, entre outros. Listamos aqui alguns autores e temas que renderão bons debates na Flim 2019:

• Scholastique Mukasonga - africana que tem livros lançados no Brasil. Entre eles "Baratas" (2008), que aborda o genocídio em Ruanda em 1994, quando perdeu familiares. E, alguns que sobreviveram, ficaram na miséria. Experiência de vida que garante destaque não só em sua obra, como em trabalhos sociais que a autora faz;

 

• Zeca Camargo - escreveu o livro "Elza", sobre a atriz e cantora carioca Elza Soares. Como se não bastasse a discografia importante, ela foi casada com o jogador Garrincha. E mesmo com 82 anos, revitalizou sua carreira gravando e fazendo shows com jovens músicos, sendo sucesso de crítica. Ela recebeu prêmio internacional de "A Voz do Milênio";

 

• Paulo Cesar de Araújo - lançou em 2006 o polêmico “Roberto Carlos em detalhes”. O próprio cantor se esforçou na Justiça para proibir a circulação da obra. O que conseguiu no ano seguinte. A biografia não autorizada foi retirada das lojas. Mas virou tema de debates. E ainda o livro "Eu não sou cachorro, não", lançado em 2002 com histórias de astros bregas. O livro passeia entre a cultura, história e política. Muitos dos casos são de artistas populares brasileiros que eram perseguidos pela censura militar.

 

• Daniela Arbex - escritora mineira que lançou "Todo dia a mesma noite" com detalhes e bastidores da tragédia no incêndio da boate Kiss, que deixou 242 mortos em Santa Maria (RS), em 2013. Ela também escreveu "Holocausto brasileiro". Arbex já foi premiada duas vezes no Prêmio Jabuti.

 

• Moraes Moreira - além da consagrada carreira como músico, escreveu o livro "A História dos Novos Baianos e Outros Versos", sobre a banda que mudou a história da MPB na década de 1970. Discos do Novos Baianos foram relançados e influenciam novas gerações.

 

• Xico Sá - qualquer assunto que você puxar com o jornalista cearense vai render bastante. Figura folclórica na imprensa esportiva e cultural, ele tem ampla experiência na escrita. Desde repórter investigativo até livro que virou filme, como "Big jato".

 

A Flim foi criada em 2014. No ano passado reuniu 50 mil pessoas e movimentou R$ 120 mil. A organização estima aumentar o público em 40% esse ano. Confira a programação completa no site da Flim 2019. 

(Foto: Divulgação PMM)

 

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