Será exibido na noite de hoje, 11, no auditório Helio Moreira, o filme "Cine Horizonte - o Documentário", com entrada gratuita. Video foi contemplado no prêmio Aniceto Matti, da Secretaria de Cultura de Maringá (Semuc), resgata história de um dos cinemas mais populares da cidade.
O documentário de 20 minutos tem imagens do cinema de rua, entrevistas com funcionários, frequentadores, historiadores e moradores da Vila Operária.
O Cine Horizonte foi inaugurado em 1951, na avenida Brasil, numa estrutura de madeira. Em 1966 foi transferido para a avenida Riachuelo, na Vila Operária, já em alvenaria. Fechou no final da década de 1990, virou igreja, predio foi demolido e hoje há um grupo de lojas comerciais no local.
A diretora de cena, Thayse Fernandes, explica que a ideia original era fazer um documentário sobre Vila Operária. Bairro onde estava sua produtora de video. Em conversas com comunidade, percebeu que o cinema tinha um carinho na memória dos moradores. Logo mudaram foco e passaram a coletar informações e imagens sobre o cinema.
A programação do Cine Horizonte era divulgada numa Kombi que circulava pelos bairros da cidade e jogava ingressos para as pessoas que seguiam o veículo. O video mostra também onde estão hoje objetos do cinema. Parte das cadeiras numa faculdade. O projetor num ferro-velho. A vitrola numa lanchonete do bairro.
Entre os muitos folclores do cinema estava a abertura da sessão que era feita com um disco de vinil de Paul Mauriat. A música instrumental orquestrada "Viver ou morrer" indicava que o filme já começaria. Outro aspecto curioso mostrado no documentário é a maneira como eles produziam a divulgação. Um desenhista moldava a imagem do filme num painel de madeira que era cortado. Em seguida o cartaz ou até uma cena do filme era pintada em tamanho gigante e o painel colocado na frente do cinema. Processo que não existe mais hoje nos cinemas.
(Foto: Divulgação)
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