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Time Brasil já está na Suíça para os Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno
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Publicado em 05/01/2020

O ano olímpico mal começou e o Time Brasil já está em missão. No sábado (4), faltando cinco dias para o início dos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou a Lausanne, na Suíça, para a montagem das malas para os atletas e profissionais que estarão envolvidos no evento. O Brasil terá 12 atletas em seis modalidades, espalhados por dois locais, Lausanne e St. Moritz.

 

“O primeiro dia foi para a montagem das malas da delegação. Neste domingo faremos uma reunião na Vila Olímpica para receber as chaves dos quartos, fazer a inspeção e a organização da nossa estrutura. No dia 06, iremos para Zurique com as malas para encontrar com as equipes de skeleton e bobsled que ficarão na sub-sede de St. Moritz”, disse Joyce Ardies, responsável pelas operações.

 

A delegação brasileira em Lausanne foi definida em dezembro, quando fecharam os rankings mundiais de algumas modalidades e também foram disputadas as últimas provas qualificatórias. Serão 12 atletas em seis modalidades.

 

O bobsled é conhecido como “Fórmula 1 do Gelo”. Em Lausanne, o representante será Gustavo Ferreira na modalidade monobob, ou seja, no trenó individual. São de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.

 

Larissa Cândido e Lucas Carvalho serão os representantes do país no skeleton. O skeleton é considerado um dos esportes mais radicais dos Jogos Olímpicos de Inverno e é disputado individualmente. Nas competições, o atleta se lança em um trenó e desce de cabeça a pista. São de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.

 

Um dos queridinhos dos Jogos Olímpicos de Inverno, o curling é uma modalidade que, a princípio, lembra a bocha, mas possui um nível de complexidade que o faz ser conhecido como “xadrez no gelo”. O jogo consiste no lançamento de pedras em relação a um alvo e, no fim, quem tiver mais pontos vence a partida. Nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno, as equipes são mistas e o Brasil terá Gabriela Rogic Farias, Leticia Cid, Vitor Melo e Michael Velve.

 

A modalidade com mais atletas brasileiros é o esqui cross country. Serão quatro: Taynara da Silva, Eduarda Ribera, Manex Silva e Rhaick Bomfim. O esporte é uma modalidade de resistência, na qual os atletas percorrem variadas distâncias com esquis e impulsionados por bastões, em duas diferentes técnicas: a Clássica e a Skating.

 

“Os treinos para a competição estão indo muito bem aqui e estou ansioso para chegar em Lausanne”, conta Rhaick Bonfim. Ele completa que “treinar com os amigos é muito gratificante. Mesmo quando não estou no meu melhor dia, eles fazem tudo ficar melhor”, disse Rhaick, atleta formado no projeto social Ski na Rua.

 

Taynara também representará o Brasil no biatlo, modalidade que combina esqui cross country e tiro esportivo. O atleta atira em alvos localizado a 50m de distância em duas posições: deitado e em pé. Em uma prova, o atleta para de 2 a 4 vezes para atirar, realizando 5 disparos em cada parada. Para cada tiro errado, o competidor é penalizado com voltas adicionais de esqui ou adição de tempo no resultado final.

 

“Estou com uma expectativa muito grande. Estou me preparando para viajar e espero que eu tenha bons resultados nos jogos. Afinal, é uma conquista muito grande”, disse Taynara.

 

Por fim, a primeira modalidade em que o Brasil teve um atleta classificado, o snowboard cross. Noah Bethônico, de 15 anos, conquistou a vaga ainda em março de 2019, graças ao top 20 no Mundial Júnior, em Reiteralm (Áustria). O snowboard cross é a prova na qual os atletas, classificados em descidas individuais, disputam baterias eliminatórias até a determinação do vencedor. Na prova final, os atletas disputam baterias eliminatórias de 4 ou 6 atletas, sendo que apenas os dois primeiros colocados de cada uma avançam na competição até a definição do vencedor. Vale destacar que o snowboard é a única modalidade de neve praticada sobre prancha ao invés de esquis.

 

“Estar em Lausanne é um grande passo para frente na minha carreira como esportista e também para eu chegar em outros Jogos Olímpicos. Eu quero, no mínimo, fazer umas três Olimpíadas, quero conseguir com certeza competir no Mundial e conseguir alguns lugares bons”, disse Noah.

 

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