“Hoje é um dia especial para as universidades estaduais do Paraná”. A afirmação é do reitor da UEM, Julio César Damasceno, e foi feita hoje (12) pela manhã, no Palácio do Iguaçu, em Curitiba, logo após o governador Carlos Massa Ratinho Júnior ter assinado a autorização para nomeação de 263 docentes para as seis universidades estaduais do Paraná. São profissionais de diversas áreas acadêmicas aprovados em concursos públicos realizados em anos anteriores e que ainda não haviam sido chamados.
Segundo informações divulgadas pela Agência Estadual de Notícia (AEN), a UEM terá 55 professores nomeados, a UEL 69, a Unioeste 59, a UEPG 47, a Unespar 21 e UENP 12.
“A autorização do governador é um ato de respeito em relação aos docentes aprovados em concurso e em relação às universidades que também aguardavam as nomeações”, disse Damasceno, destacando que a formação do quadro efetivo é um requisito fundamental na busca da consolidação e da excelência dos cursos e do desenvolvimento de pesquisas em uma instituição como a UEM.
Desde 2014, essa é a primeira nomeação de professores para as universidades estaduais feita espontaneamente pelo governo. Em matéria publicada pela AEN, o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou que nos últimos anos as nomeações foram, todas, via judicial.
O superintendente também disse que “essa medida mostra a sensibilidade do governo para com as universidades, o reconhecimento de que o sistema precisa ter as condições para realizar um trabalho de excelência”. Bona ainda afirmou que “a ação também garante que as universidades estaduais cada vez mais possam se conectar com as demandas regionais, induzindo e promovendo o desenvolvimento do Estado”.
O pró-reitor de Recursos Humanos da UEM, Luis Otávio Oliveira Goulart, disse que recebeu do governo a informação de que o processo de contratação dos docentes ocorrerá em breve, mas que ainda não tem uma definição de data.
Para a pró-reitora de Ensino, Alexandra de Oliveira Abdala Cousin, as nomeações são de grande importância para a UEM que precisa recompor seu quadro docente, a partir de vagas abertas pelas aposentadorias e exonerações.
Recredenciamento
Na mesma cerimônia o governador anunciou o recredenciamento institucional da UEM, UEL, UEPG, Unicentro e Unioeste. A nota atribuída à Universidade de Maringá foi a maior: 4,91, bem perto da pontuação máxima que é 5. A UEL recebeu nota 4,20; UEPG 4,02; Unicentro 4,27; e Unioeste 3,79.
O processo de recredenciamento ocorre a cada dez anos e é requerido pelo Conselho Estadual de Educação e coordenado pela Seti. Nele as universidades passam por uma avaliação que envolve organização institucional; políticas, normativas e práticas institucionais para o ensino (graduação e pós-graduação), pesquisa e a extensão; corpo social; e infraestrutura.
O parecer é dado pelas comissões de avaliação, formadas por membros que possuem experiência e vivência no meio acadêmico.
Benjamim de Melo Carvalho, professor da UEPG, foi um dos avaliadores designados para a UEM. Ele comentou que sempre teve a Universidade de Maringá como uma excelente referência. “Para mim foi muito rica a participação na comissão de avaliação, trabalhando junto com as professoras Ana Cleide (Ana Cleide Chiarotti Cesário, professora aposentada e ex-pró-reitora de Planejamento da UEL) e Maria Amélia (Maria Amélia Sabbag Zainko, professora aposentada, ex-pró-reitora de Graduação e ex-vice-reitora da UFPR)”.
Julio Damasceno declarou que o desempenho no processo de recredenciamento UEM é mérito de toda a comunidade universitária, “atores de fato destes resultados”. O reitor ainda manifestou agradecimento especial às pessoas que se envolveram diretamente, levantando e sistematizando informações, dando forma aos relatórios e recebendo os avaliadores, de maneira a fazer aparecer nossas virtudes, justificar nossas fraquezas e mostrar que somos uma universidade de excelência”.
(Foto: Comunicação UEM)