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Com fronteiras abertas, vôlei de praia do Brasil ganha ouro e bronze em torneios no Peru
Vôlei de Praia
Publicado em 18/03/2020

As duplas brasileiras deram um espetáculo e dominaram a etapa de Lima (Peru) do Circuito Sul-Americano de vôlei de praia, conquistando ouro e bronze nos naipes masculino e feminino. André Stein/George (ES/PB) e Tainá/Victoria (SE/MS) foram campeões da etapa, no último domingo (15), enquanto Oscar/Thiago (RJ/SC) e Bárbara Seixas/Carol Horta (RJ/CE) ficaram com o bronze na competição realizada sem presença de público.

 

As disputas começaram com as semifinais neste domingo, ambas envolvendo duelos entre compatriotas brasileiros. No masculino, André Stein e George superaram Oscar e Thiago por 2 sets a 1 (21/23, 21/12, 15/11), em jogo muito disputado. Horas depois, na decisão do ouro, triunfo sobre os argentinos Azaad e Capogrosso também por 2 sets a 1 (21/15, 18/21, 15/11). André comentou a conquista e celebrou o primeiro título sul-americano da dupla.

 

“Estamos muito felizes, primeiro título Sul-Americano do George e o nosso da dupla também. Chegamos confiantes pelo título do Circuito Brasileiro e conseguimos cumprir mais este objetivo. Sabemos que é um torneio importante também para nosso país, para liderar o ranking geral. Os jogos mais duros seriam nas semifinais e finais, foram dois grandes jogos, dois tie-breaks onde soubemos ter calma para manter sempre a vantagem”, declarou.

 

Oscar e Thiago se recuperaram do revés na semifinal e levaram a medalha de bronze ao vencerem os argentinos Amieva e Aveiro por 2 sets a 0 (21/19, 21/12). Oscar comentou a alegria por subir ao pódio e garantir uma medalha ao Brasil e as particularidades do torneio sem presença de público, por conta da epidemia mundial do novo coronavírus.

 

“Estamos felizes por levar essa medalha ao Brasil, tínhamos o objetivo de ficar entre os três, subir ao pódio, e conseguimos. Voltamos felizes e realizados por representar bem nosso país. Cruzamos contra uma dupla muito forte na semifinal, eles estão em uma grande fase, mas é um saldo muito positivo. A organização fez de tudo para dar um bom suporte, tivemos cuidados para a disputa, restringindo público. Somente atletas que jogariam e as pessoas envolvidas ficaram na arena nos jogos finais. Foram medidas necessárias”, disse Oscar.

 

No naipe feminino, o dia também começou com uma semifinal brasileira. Foi o segundo encontro entre Tainá/Victoria e Bárbara Seixas /Carol Horta em Lima. Se na fase de grupos a vitória foi da medalhista olímpica e sua parceira medalhista pan-americana, na semifinal Tainá e Victoria levaram a melhor por 2 sets a 1 (13/21, 21/15, 15/9). Horas depois, na decisão, triunfo sobre as argentinas Gallay e Pereyra por 2 sets a 0 (21/15, 21/16).

 

Victoria comentou a medalha de ouro em Lima e lembrou que a derrota na primeira fase foi importante para corrigir erros ao longo da etapa.

 

“Sabíamos que seria um torneio muito difícil, especialmente por ter uma dupla brasileira de tanta qualidade também, como Bárbara e Carol. Nos enfrentamos na chave, elas levaram a melhor, mas conseguimos recuperar o foco aos próximos jogos. Conseguimos consertar os erros do primeiro jogo, e na final também soubemos impor nosso jogo sacando bem e tendo boa virada de bola. Estamos muito felizes pela medalha de ouro”, disse Victoria.

 

A medalha de bronze no naipe feminino veio com triunfo de Bárbara e Carol por 2 sets a 0 (21/12, 21/12) sobre as equatorianas Ariana e Briggitte. Foi a primeira medalha da dupla, que formou parceria em janeiro deste ano e em Lima disputou o quarto torneio do time. Bárbara comentou o resultado.

 

"Uma medalha é sempre algo bom, nosso time é muito recente. Claro que sempre ficamos com um gosto de 'quero mais', uma autocobrança natural de atletas de alto rendimento. Mas entender que é um processo e valorizar cada passo que estamos dando. Acho que gostaríamos de ter jogado um pouco melhor a semifinal, mas sabíamos que o Brasil seria o adversário mais difícil. Não desrespeitando os demais times, mas pela tradição, claro. Estou feliz por essa medalha de bronze e quero trabalhar para que possamos melhorar cada vez mais", destacou.

 

O resultado em Lima deixa o Brasil na liderança do ranking geral da temporada em ambos os naipes. No masculino, o país lidera com 380 pontos, seguido por Chile, com 320 e pela Argentina, também com 320. No feminino, com ouro nas duas etapas realizadas, o Brasil lidera com 400 pontos, seguido pela Argentina, com 360 pontos, e Chile, com 260.

 

Os pontos obtidos em cada etapa vão para o país, de acordo com a classificação final somente da melhor dupla de cada nação. Nesta etapa, por exemplo, foram 200 pontos em cada naipe pelas colocações finais de André/George e Tainá/Victoria. Ao final, os pontos são somados e o país na liderança do ranking é declarado campeão geral.

 

O Circuito Sul-Americano conta com três etapas regulares e um torneios ‘Finals’, com maior pontuação e premiação. Além de Coquimbo (Chile), e agora Lima (Peru), a competição passará por San Juan de Los Morros (Venezuela), e Linares (Chile). As próximas duas etapas, porém, terão datas e informações complementares ainda definidas por conta de adiamentos referentes à pandemia mundial do novo coronavírus.

(Foto: Divulgação/FPV)

 

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