A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, já iniciou a testagem de pacientes suspeitos de COVID-19 com exames rápidos tipo PCR adquiridos com recursos próprios. Maringá saltará de 50 exames semanais realizados pelo Lacen (laboratório do estado) para 40 diários, a partir do diagnóstico local. Serão 5 mil testes adquiridos nesta primeira fase - 4 mil comprados de laboratório privado e mil a partir de convênio com o Laboratório de Ensino e Pesquisa e Análises Clínicas (Lepac) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Os novos exames vão agilizar o diagnóstico de pacientes que alegarem sintomas compatíveis com COVID-19 nas unidades sentinelas do município.
Entenda o fluxo de coleta e outros detalhes sobre o processo de aquisição dos exames.
Mais agilidade e segurança para a comunidade
Os exames rápidos adquiridos pela Prefeitura de Maringá contemplarão pacientes que buscarem unidades sentinelas, instaladas nas entradas de estabelecimentos municipais de saúde, alegando sintomas compatíveis com COVID-19, ou "síndrome gripal". Até a aquisição dos exames, estes pacientes não eram considerados graves e permaneciam em isolamento domiciliar por 14 dias. Caso o quadro não evoluísse, eram considerados descartados. Eles são identificados como "Casos descartados" no boletim diário sobre coronavírus da Prefeitura de Maringá.
A coleta de PCR já no primeiro atendimento vai permitir o diagnóstico de 24h a 48 horas. Assim o paciente poderá se tratar com precisão caso for positivado ou voltar à rotina normal, sem apresentar riscos à sua família e comunidade. Antes da aquisição, eram realizados, em média, 50 exames por semana em pacientes da rede municipal de Maringá. Agora serão 40 por dia.
Como ocorre?
O paciente que relatar sintomas compatíveis com COVID-19, ou "síndrome gripal", em unidades sentinelas da rede de saúde municipal serão testados. Profissionais de saúde farão coleta de secreções com swab (equipamento similar a uma haste flexível com algodão na ponta) e encaminharão para os laboratórios de referência. Até o resultado do exame, que ocorrerá em 24h, o paciente deverá manter o isolamento social ou permanecer internado na unidade de saúde (caso apresente quadro agravado).
Até a manhã desta quarta, 29, apenas o laboratório privado estava recolhendo as amostras porque o Lepac ainda não havia recebido os exames.
Pós-exame
A partir da coleta do exame o paciente será monitorado pelo Centro de Informação em Estratégia em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Saúde de Maringá. Caso o paciente não seja diagnosticado com coronavírus, ele será liberado da quarentena e receberá orientações para que no futuro o diagnóstico não se confirme.
Os casos positivos serão orientados a manter o isolamento domiciliar ou internamento em leito hospitalar, de acordo com a gravidade. Até se recuperar, o paciente será monitorado diariamente pelo CIEVS. A prefeitura de Maringá elaborou um manual para orientar as boas práticas para quem apresentar leve manifestação da doença e puder se recuperar em casa, clique para conferir. Em caso de agravo, o paciente deverá buscar imediatamente o médico.
Processo
Os 4 mil exames adquiridos pela rede privada já estão sendo realizados. O investimento neste pacote foi de R$840 mil. Cada exame saiu por R$210, menor valor de mercado encontrado pelo município. A compra ocorreu por meio de licitação, na modalidade "Dispensa de Licitação", e elencou outros dois orçamentos com valores superiores, R$260 e R$280. O processo está detalhado no Órgão Oficial do Município e Portal da Transparência. Na rede privada de Maringá, o exame para paciente comum custa cerca de R$500.
Os mil exames que serão realizados pelo Lepac ainda não chegaram na instituição.
(Foto: Aldemir de Moraes/PMM)