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Prestação de serviços de delivery requer atenção e adaptação às novas rotinas
Notícias do Brasil
Publicado em 29/07/2020

Com a necessidade de isolamento social diante da pandemia, o crescimento das compras pela internet, principalmente de alimentos e produtos de saúde, por meio de aplicativos e telefone, impactou significativamente o volume de entregas de mercadorias em domicílio. Na mesma proporção, cresceu também o nível de preocupação e de exigência dos clientes quanto aos cuidados adotados pelas empresas e pelos entregadores para evitar a transmissão do coronavírus.

 

Pensando nos entregadores que atuam com serviços de delivery, o Sebrae preparou um protocolo de retomada das atividades dentro desse novo contexto da economia. Para garantir que essa forma de consumo continue sendo uma boa alternativa, mesmo com o retorno das atividades e reabertura dos estabelecimentos, é muito importante que o desempenho do serviço transmita confiança e segurança ao consumidor.

 

Os conteúdos funcionam com um guia de boas práticas e foram elaborados tanto para ajudar os empreendedores a se prepararem para atender às novas rotinas, como para orientar os clientes que mudaram a forma de consumir produtos e serviços, além de gestores públicos que precisam definir parâmetros e regras para a retomada da atividade em diversos segmentos. As informações contidas no documento seguem as orientações e recomendações das autoridades oficiais de saúde e entidades setoriais.

 

 

A primeira recomendação do Sebrae para os entregadores é a atenção aos decretos e demais regulamentos vigentes em cada localidade, em relação ao funcionamento dos estabelecimentos, exigências do uso de máscaras e outras medidas de prevenção. Caso exista divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, a opção deve ser seguir a orientação mais rígida, de preferência de acordo com as recomendações das autoridades oficiais de saúde, como Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, entre outras.

 

Segundo a coordenadora estadual de turismo do Sebrae/PR, Patrícia Albanez, os protocolos do Sebrae visam estabelecer procedimentos mínimos de segurança e de higiene tanto para a equipe de colaboradores e fornecedores, quanto para os clientes. Ela ressalta que essas práticas exigiram uma série de adaptações por parte das empresas e que hoje configuram um grande diferencial para os donos de micro e pequenos negócios.

 

 

“A empresa tem muitas informações à disposição para aplicar às necessidades do negócio. É importante que haja essa capacitação dos entregadores e adaptação da frota aos processos de entrega seguros para que a própria marca também se valorize. Comunicar essas medidas de segurança e mostrá-las aos clientes, na prática, pode fazer toda a diferença para o negócio”, afirma.

 

As ações de proteção já fazem parte da rotina de Edilea Pereira Do Carmo, proprietária da DiihJao, pequena empresa de bolos no pote e doces em Curitiba. Ela tem tomado cuidados especiais para garantir que seus produtos cheguem ao cliente em segurança, como a utilização de luvas e máscaras, aplicação de álcool em gel e uso de duas sacolas para embalar o produto. “O cuidado acontece tanto no transporte do produto quanto na entrega ao cliente”, explica.

 

Além disso, quando é necessário levar o troco para o cliente, o dinheiro é embalado em um plástico. Seus entregadores também tomam os mesmos cuidados. Mas as medidas de proteção vão além da entrega. “Também tenho feito a higienização constante dos bicos de confeitar e das máquinas todos os dias. Já tínhamos o cuidado com a higiene, mas o momento requer um cuidado especial”, afirma a empreendedora.

 

Serviço

O cuidado presente com os comerciantes acaba sendo ainda mais intenso para as empresas especializadas em entregas. Em Maringá, no noroeste do Paraná, os entregadores da Imediato Entregas trabalham utilizando máscara, luvas, álcool em gel e higienizando as maquinetas de cartão de crédito a cada entrega. A empresa realiza um trabalho de orientação para proteger tanto consumidores como trabalhadores, que são 60 em Maringá e cerca de 30 em Ribeirão Preto/SP. “Não tivemos nenhum caso de Covid-19 entre os motoboys”, diz o proprietário da empresa, Décio Swierk.

 

A empresa fundada em 2004 – que antes da pandemia operava com entrega de peças automotivas e precisou se reestruturar e investir para começar a atender o segmento de food service – cresceu 600% nos últimos dois meses e vai expandir para Londrina e Joinville/SC. O resultado vem das tendências de consumo e dos diferenciais oferecidos.

 

“Fazemos a higienização na frente do cliente, para comunicar a preocupação com a segurança. Para além disso, prestamos assessoria em embalagens. Entre as orientações estão lacrar as embalagens, reforçar aos clientes sobre os cuidados aplicados no preparo do pedido e mandar avisos sobre novos cuidados antes de abrir o produto”, explica o empresário.

(Comunicação Sebrae)

 

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