Nesta segunda-feira (3), o Sebrae/PR e a Prefeitura de Maringá, com apoio da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), apresentaram os resultados do “Relatório sobre os impactos econômicos da covid-19”, em evento online. Com informações obtidas junto a empresários de Maringá, o estudo integra as atividades do “Plano de Retomada do Desenvolvimento Econômico e Social”.

Realizada pelo Sebrae/PR, Logos Consultoria e força-tarefa do Plano, que conta com mais de 30 entidades, a pesquisa teve a participação de 889 empresários de Micro e Pequena Empresa (57%), microempreendedores individuais (30%) e de Média e Grande Empresa (13%), de 29 ramos de atividade, entre 6 de junho e 26 de julho. Para 91,1%, a pandemia afetou os negócios de alguma forma, exigindo medidas: 27% tiveram que suspender as atividades e 28% readequaram as atividades.
Entre os efeitos da pandemia, a queda no faturamento foi o maior problema levantado. Todas dos segmentos de turismo e hotelaria, eventos, petshops e serviços veterinários, comércio de vestuário, calçados, acessórios e academias afirmaram que registraram redução. Na sequência, as que mais sentiram queda no faturamento são dos ramos de saúde humana e serviços sociais, revendedoras, oficinas e peças automotivas, indústria da moda, serviços de beleza e alimentação.
Sobre demissões, em geral, cerca de 60% dos empresários não precisaram demitir seus funcionários e aproximadamente 4% realizaram contratações. No entanto, para 36% das empresas, foi preciso demitir, cortando, em média, 14% do quadro.
Entre outros aspectos, a pesquisa abordou a expectativa dos empresários sobre a recuperação da economia, mostrando que 59% estão otimistas sobre a capacidade de recuperação do País. Questionados sobre quando o respectivo setor deve voltar à normalidade, 50% disseram acreditar que ainda este ano e 40%, até a junho do ano que vem.
De acordo com o gerente regional do Sebrae/PR, Wendell Gussoni, os dados irão respaldar a avaliação do impacto econômico, oferecendo subsídios para a decisão de ações em prol da recuperação da economia maringaense.
“A partir das informações coletadas diretamente com as empresas de Maringá, junto aos dados fiscais da Prefeitura e os que levantamos de outras fontes, identificamos os setores que mais precisam de apoio e teremos respaldo para analisar movimentos e tendências econômicas. Os próximos passos serão cruzar todas as informações para definir quais ações serão implementadas, com o objetivo de acelerar o processo de recuperação da economia para ainda este ano, o principal desafio da força-tarefa”, diz Gussoni.
O Plano de Retomada é uma parceria entre a Prefeitura e Sebrae/PR para realização de ações até dezembro. A apresentação do estudo completo pode ser conferida em: https://youtu.be/3b23X_l6jgQ.
Outros dados da pesquisa:
* 55% das empresas recorreram a crédito;
* 43,3% dos MEIs tiveram pedidos de crédito atendidos integral ou parcialmente;
* 51,5% das MPEs tiveram pedidos de crédito atendidos integral ou parcialmente;
* 69,8% das MGEs tiveram pedidos de crédito atendidos integral ou parcialmente;
* 24,86% das empresas consideraram a saúde financeira ruim e 15,52%, muito ruim; deste grupo, mais de 80% responderam que os agentes financeiros não cumprem seu papel – uma mostra de possível melhoria na concessão de crédito;
* Das empresas que exportam, 96,9% acreditam que as exportações vão diminuir em 2020 em relação a 2019.
(Comunicação Sebrae)