E lá se vai um mês. Foi exatamente no dia 17 de julho, uma sexta-feira, que partiu o voo Azul-8750, do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, rumo a Lisboa. Decorrido um mês da Missão Europa, o balanço que se faz, tanto em meio ao Comitê Olímpico do Brasil, como entre os dirigentes da Confederação Brasileira de Ginástica, é que a iniciativa foi coroada de êxito.
“Completamos 30 dias de Missão e o saldo é positivo. Todos nós estamos satisfeitos porque constatamos que os objetivos estão sendo alcançados. Podemos notar uma grande evolução em todos os aspectos: físicos, psicológicos e técnicos. Estão todos empenhados, conscientes de que o movimento de retorno deve ser realizado gradualmente e com toda a segurança, respeitando o momento individual de cada um”, afirma Juliana Fajardo, chefe da delegação brasileira de Ginástica em Portugal.
Segundo Henrique Motta, Coordenador Geral da CBG, se houvesse um confronto entre realidade e as expectativas prévias, a primeira teria vencido por goleada. “Existiam grandes expectativas cercando esse momento da retomada dos treinos presenciais. Mas, ao tomarmos contato com a realidade, elas foram amplamente superadas. A estrutura de treinamento que encontramos em Sangalhos é excelente. Não temos motivo para queixa alguma. Os atletas estão dedicadíssimos, motivados, cumprindo todas as normas de segurança e, sobretudo, felizes. Reunimos uma delegação muito promissora, formada por ginastas que já obtiveram vagas para o Brasil no Jogos Olímpicos de Tóquio e outros com chances de obter vaga”.
E o que vem pela frente? Segundo Juliana, ao final da Missão o que se almeja é a completa reintegração à rotina de treinamento do alto rendimento. Existe um meticuloso planejamento que prevê um incremento gradativo ao longo das oito semanas. “Estamos na metade do caminho e muito confiantes com o trabalho”.
A chefe de delegação salienta que o grupo permanece em rotina segura e controlada. Cabe lembrar que todas as instalações do Centro de Treinamento estão reservadas para a Ginástica Brasileira. “Os protocolos são cumpridos de forma rígida. O time é muito disciplinado e respeita todas as regras”.
Motta destaca que a preparação com treinos virtuais continua no Brasil, envolvendo os atletas que não estão nas Seleções. “Essas atividades nunca pararam”.
Quanto ao ambiente de trabalho, o Coordenador Geral da CBG é mais uma voz a destacar os benefícios embutidos no convívio entre as Seleções de Ginástica Rítmica e as de Ginástica Artística Feminina e Masculina. “A integração e o compartilhamento de conhecimento entre os membros das comissões técnicas e multidisciplinares é uma marca forte desse período de Missão Europa, e os ganhos que teremos com essa parceria serão colhidos ao longo de muito tempo”.
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