O presidente da World Athletics (entidade máxima do atletismo), Sebastian Coe, diz que medidas para conter a pesquisa e o desenvolvimento de calçados só “sufocariam a inovação”, conforme atletas de elite quebram cada vez mais recordes mundiais usando tênis de alta tecnologia.
Um debate sobre os tênis do atletismo tem sido travado desde que calçados de alta tecnologia desenvolvidos pela Nike tiveram um papel importante em duas das maiores conquistas em corrida de longa distância de 2020.
Em outubro do ano passado, Joshua Cheptegei, de Uganda, quebrou o recorde mundial da prova masculina dos 10 mil metros e a etíope Letesenbet Gidey demoliu o recorde feminino dos 5 mil metros em Valência, ambos usando os tênis ZoomX Dragonfly, da Nike.
O queniano Kibiwott Kandie bateu o recorde mundial da meia maratona por 29 segundos no mês passado com um tênis Adidas para corrida de rua.
“Lembro-me de um período em meados dos anos 2000 em que a Adidas era a rainha do pódio, principalmente na distância. Então, essas coisas vêm em ciclos”, disse Coe ao jornal The Guardian.
“As empresas de calçados felizmente ainda estão investindo muito dinheiro na pesquisa e no desenvolvimento de calçados. Fico feliz que estejam fazendo isso”, declarou.
“No momento estou bastante tranquilo sobre isso. E o equilíbrio do julgamento aqui é sempre [...] que não deveríamos estar no assunto de tentar sufocar a inovação”, concluiu.
(Agência Brasil)