O domingo (24) foi de decisão no torneio feminino da sexta etapa Open do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia 20/21. Na grande final, realizada na arena montada no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), Ágatha e Duda (PR/SE) venceram Bárbara Seixas/Carol Solberg (RJ) por 2 sets a 0 (21/17 e 23/21). Este foi o quarto título da dupla olímpica na temporada nacional - terceiro consecutivo -, em seis finais disputadas.
A conquista deste domingo é o décimo da dupla em etapas Open do Circuito Brasileiro. Com o ouro da sexta parada Ágatha e Duda somam mais 400 pontos no ranking da temporada e lideram agora com 2320. Em segundo lugar está Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), com 2000.
A experiente Ágatha tem agora 17 ouros no tour nacional. Medalhista de prata na Rio 2016, a bloqueadora está classificada para a próxima edição dos Jogos, que acontece daqui a aproximadamente seis meses. Com mais uma disputa olímpica no horizonte, Ágatha avaliou como muito boa a sequência do time na temporada. Para a atleta, estar em ritmo forte de competição traz um ganho psicológico importante na busca por outra medalha.
“Para mim o ganho principal desta constância em que seguimos é o psicológico. O ganho físico será visto mais próximo dos Jogos, e a questão tática a gente ainda precisa jogar com os times estrangeiros para vermos o que pode funcionar. Mas participar destes torneios do Circuito Brasileiro, chegando sempre às finais, é um ganho psicológico enorme. E esta foi a terceira final que ganhamos de forma consecutiva, e, pensando nos Jogos Olímpicos que estão chegando, é um trunfo para nós”, comentou Ágatha.
Duda, parceira de Ágatha, tem agora 11 títulos em etapas do tipo Open no Circuito Brasileiro. Com 22 anos, a sergipana vive um momento especial na carreira, com a classificação olímpica, a regularidade - que rendeu quatro títulos na temporada-, e a liderança no ranking. Para Duda a paciência foi a chave para a conquista deste domingo.
“(A explicação é) a constância, o trabalho, a dedicação, o dia a dia. E a paciência também, porque a gente sabe que nesse torneio a gente estava voltando de pré-temporada, e nosso corpo ainda não está tão bem fisicamente, então acho que a mentalidade às vezes é o mais importante. E a gente foi muito paciente, estudamos muito, fomos ponto a ponto, passo a passo, e unidas para fazer sempre o nosso melhor”, disse Duda, que também comentou sobre a proximidade da realização dos Jogos.
“Claro que a gente pensa, eu penso, porque essa vai ser minha primeira Olimpíada. Mas, a gente nunca sabe o que vai acontecer daqui para frente. Às vezes sai reportagem que vai ter, que não vai ter. Então a melhor forma é controlar a ansiedade e focar no agora, e é isso que estou fazendo agora, como a gente fez no ano passado”, contou Duda.
Mesmo sem contar com público presente em razão dos protocolos de segurança sanitária, as partidas não ficaram sem torcida. Alguns fãs do vôlei de praia tiveram a oportunidade de acompanhar os duelos por meio da “Arquibancasa”. Acessando um convite virtual, eles interagiram com o animador e participaram de ações nos intervalos das partidas. O sistema foi exibido em telões na quadra central e trouxe animação e cores para dentro da competição.
Os torcedores também puderam eleger as melhores jogadoras em quadra de cada partida deste domingo por meio de votação no site e aplicativo da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Duda e Vitória foram as eleitas nos respectivos confrontos da final e do bronze.
Andressa e Vitória fazem primeiro pódio da dupla
Antes da grande decisão o público de casa pode acompanhar a partida que valia a medalha de bronze. No duelo Andressa e Vitória (PB/RJ) venceram Josi/Juliana (SC/CE) por 2 sets a 0 (21/18 e 21/18). Esta foi a primeira vez que a dupla formada pelas jovens atletas chegou em uma disputa por medalhas, e foi o primeiro pódio em etapa Open da carioca Vitória, de 21 anos, que comemorou muito a façanha.
“Eu estou realmente muito feliz, muito grata com as pessoas que estão comigo nessa caminhada. A Maguinha (Andressa) me ajudou muito nesse último jogo. Acho que a gente está começando a se encaixar, foi um mês treinando junto, firme. Eu não sei explicar a sensação que estou sentindo. Mas é gratidão. Gratidão por quem esteve comigo, gratidão por ela, pela minha família. Minha primeira semifinal, meu primeiro pódio. É realmente incrível e eu pretendo ganhar muitas vezes ainda”, disse Vitória.
Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 47 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos aproximadamente de R$ 538 mil por etapa.
Após a disputa do torneio feminino nesta semana, o torneio masculino será disputado na sequência, entre os dias 28 a 31 de janeiro, mais uma vez no CDV.
CONFRONTOS
BRONZE – Josi/Juliana (SC/CE) 0 x 2 Andressa/Vitória (PB/RJ) (18/21 e 18/21)
FINAL – Ágatha/Duda (PR/SE) 2 x 0 Bárbara Seixas/Carol Solberg (RJ) (21/17 e 23/21)
(Texto: CBV. Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)