Entre 10 e 13 de junho, o nado artístico brasileiro mergulha nas piscinas de Barcelona (Espanha) para buscar uma vaga para os Jogos de Tóquio. As guitarras distorcidas e os graves vocais da banda Sepultura embalarão a trilha sonora da apresentação livre do dueto nacional.
“Temos duas coreografias. Na rotina técnica será uma canção japonesa. Já a outra será um rock brasileiro. Esperamos arrepiar e mostrar nossa energia”, explica a atleta Luísa Borges.
Fundada em 1984, mesmo ano em que o nado artístico passou a fazer parte das competições olímpicas em Los Angeles (Estados Unidos), o heavy metal da banda mineira Sepultura começou a conquistar fãs pelo mundo. O estilo é novidade na playlist de Laura Micucci.
“Confesso que não conhecia direito, antes de começar a treinar essa coreografia. Não é do meu gosto pessoal, mas para o nado é um ritmo que gosto muito de incorporar para transmitir as emoções da música”, explica a atleta de 21 anos que completa a dupla.
O dueto Laura e Luísa também conta com a reserva Maria Bruno. “Sempre fazemos as escolhas das músicas em conjunto. Às vezes procuramos canções alegres e fortes e fazemos um mix bem legal”, diz a atleta.
Nos Jogos Olímpicos, apenas mulheres disputam o esporte e as russas são as maiores campeãs. Em 2017, a modalidade mudou a nomenclatura, passando de sincronizado para nado artístico. Com esse som da pesada, parece que não há barreira capaz de parar o caminho dessas artistas brasileiras da piscina até a capital do Japão.
(Texto: Rodrigo Ricardo/Agência Brasil. Foto: Abelardo Mendes Jr/Rede do Esporte)