A paulistana Luisa Stefani, número 23 do mundo, seu melhor ranking da carreira, iniciou os treinamentos em Wimbledon para o Grand Slam, torneio mais tradicional do mundo, na grama do All England Club, em Londres, na Inglaterra. Ela atuará com a americana Hayley Carter, com quem forma a sétima melhor dupla da temporada. Luisa já jogou duas vezes o Grand Slam, só que no juvenil - em 2014 e 2015 -, e disputará pela primeira vez a competição no profissional.
Luisa esteve afastada das quadras e precisou ficar de fora de Roland Garros após uma cirurgia de emergência para a retirada do apêndice, em Estrasburgo, na França, no fim de maio. Depois de duas semanas sem tocar na raquete, retornou aos treinos no começo da semana passada na Saddlebrook Academy, em Tampa, na Flórida (EUA), e já iniciou os trabalhos na grama londrina na quarta-feira (23), dando continuidade nesta quinta-feira (24).
"Foi ótimo o primeiro treino. Muito feliz por estar na grama, eu amo a grama. Foi bom, deu pra mexer bem, o dia que mais treinei até agora. Cada dia tenho aumentado um pouco, semana passada foi a primeira jogando. Então, eu fui mais sentindo e, agora, estou super bem, praticamente 100% fisicamente", disse Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.
"É mais uma questão de ajustar movimentação, reação, ficar mais rápida, pois querendo ou não foram cerca de quatro semanas parada e alguns detalhes se vão. Hoje treinei duas vezes com duas simplistas, então já fiz pontos de simples pra mexer mais na quadra. Está indo muito bem. Amanhã (sexta) a Hayley chega, vamos treinar à tarde e começar a preparação nas duplas. Muito bom estar de volta, ainda mais aqui em Wimbledon", completou.
Carreira - Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e tornando-se Top 10.Roland Garros.