Maringá tem na sua gênese o DNA de cidade acolhedora e plural. Muitos povos estão aqui desde antes mesmo da fundação do município. Japoneses, portugueses, italianos, alemães, ucranianos, árabes, poloneses, entre tantos outros. Recentemente, a cidade tem acolhido, principalmente haitianos, venezuelanos, cubanos e angolanos. São 19 mil imigrantes. Essa diversidade recebe atenção especial da Prefeitura Municipal.
O prefeito Ulisses Maia criou este ano a Secretaria da Juventude e Cidadania, responsável pelas políticas públicas voltadas aos imigrantes. A pasta tem à frente Emmanuel Predestin, o primeiro haitiano a ocupar um cargo no primeiro escalão municipal. “Ulisses Maia é muito sensível às necessidades das minorias. Ele sempre diz que Maringá é uma das melhores cidades do país porque é acolhedora e tem uma sociedade que se preocupa com o indivíduo e planeja o futuro”, frisa Predestin.
Por meio da secretaria, a Prefeitura lançou inúmeros projetos. Como a criação do Centro de Referência do Imigrante de Maringá e a lei que prevê o Conselho Municipal dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas.
A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres também atua no acolhimento dos imigrantes. Entre outras ações, está a parceria com o Instituto Sendas e a doação de máquinas de costura para ampliar a produção da cooperativa que a ong mantém, qualificar as mulheres imigrantes e auxiliá-las no processo de geração de renda. “Geramos nas mulheres o sentimento de pertencimento em nossa cidade”, afirma a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Terezinha Pereira.
Outra ação do município é desenvolvida pela Secretaria de Assistência Social, que identifica e apoia imigrantes em situação de vulnerabilidade social. Este ano tem aumentado o número de famílias, principalmente de venezuelanos, pedindo apoio nos principais cruzamentos de avenidas da cidade. “O atendimento deste público é baseado na aproximação gradativa, construção de vínculos de confiança, atenção personalizada e na socialização de informações para oferecer serviços e conscientizá-los dos seus direitos”, explica a secretária Sandra Regina Jacovós.
A acolhida aos maringaenses e os cuidados do poder público são responsáveis por um sentimento de gratidão por parte dos imigrantes. “Agradeço pela liberdade e pela saúde pública que temos aqui”, comenta o cubano Asael Rodrigues. A venezuelana Merymar Larré e sua compatriota Jessica Somoza, abrem largos sorrisos para frisar que estão felizes pela receptividade que tiveram na cidade.
E assim, o Dia do Imigrante, comemorado oficialmente em 25 de junho, é uma data que se repete dia a dia em Maringá. Porque o maringaense é um povo acolhedor e plural, adjetivos que têm grande peso no título de “melhor cidade para se viver no país”.
(PMM)