Bruninho, levantador campeão olímpico no vôlei masculino na Olimpíada de 2016 (Rio de Janeiro), e Ketleyn Quadros, judoca medalha de bronze nos Jogos de 2008 (Pequim), foram escolhidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) como o casal porta-bandeira nacional para a cerimônia de abertura em Tóquio, marcada para acontecer no dia 23 de julho. O anúncio ocorreu na noite de sexta-feira (16).
Ketleyn foi responsável pela primeira conquista de uma mulher brasileira em modalidades individuais na história olímpica e volta aos Jogos após 13 anos. “Já fui porta-bandeira no Sul-Americano de 2010. É a coroação de uma vida toda dedicada ao esporte. Principalmente, nesses últimos meses, tive que me dedicar demais até mesmo para conseguir a classificação para a Olimpíada. A felicidade é imensa”, disse a atleta.
O jogador de vôlei, além do título da última edição, já coleciona duas pratas, em Pequim (2008) e em Londres (2012). “É uma honra receber essa notícia. Representando o vôlei, e muito disso tudo, tem a ver com o meu pai também. Não só pela medalha, por ele ser um medalhista olímpico, de uma geração que abriu portas para tanta gente. Mas, também, por ter sido o treinador de gerações maravilhosas e vitoriosas. Meu pai estará também ali, cumprindo esse papel”, declarou o levantador Bruninho, filho do técnico Bernardinho.
O multicampeão evitou fazer comparações com outros grandes nomes que já tiveram a oportunidade de carregar a bandeira brasileira em uma abertura olímpica: “Prefiro não me colocar no nível de Ademar Ferreira da Silva, de Torben Grael e de outros grandes campeões. Só pensarei nisso no final da minha carreira. Acredito que estou aqui pelo tamanho que o vôlei tem em nosso país. Prefiro pensar dessa forma. Estou aqui representando a modalidade, que é uma das mais vitoriosas”.
“Essa é a maior delegação brasileira em uma edição de Jogos Olímpicos fora do país. E nada mais justo do que homenagear grandes representantes de duas das modalidades que mais deram medalhas olímpicas ao Brasil. A Ketleyn é uma pioneira no judô, um exemplo de profissional e da filosofia do esporte. Bruninho, apesar de ser filho de dois dos maiores de sua modalidade, conseguiu trilhar o próprio caminho, conquistando três medalhas olímpicas, um feito para poucos, e ainda pode se orgulhar de ser o capitão numa campanha de ouro. Com eles, mantemos a tradição de privilegiar o respeito, a excelência e a meritocracia, e não tenho dúvidas de que os dois representarão muito bem o país na abertura dos Jogos”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.
(Texto: Juliano Justo/Agência Brasil. Foto: Miriam Jeske/COB)