A menos de dez dias da estreia no Mundial, a Seleção Brasileira de Futsal terá pela frente mais dois amistosos em solo polonês, dessa vez contra a Sérvia, para fazer os ajustes finais antes do início da caminhada rumo ao hexa. E o primeiro duelo diante dos sérvios acontece já nesta segunda-feira (6), às 13h (de Brasília), em Świecie (POL).
A Canarinho vai entrar em quadra no embalo das duas vitórias contra a Polônia, mas o comandante Marquinhos Xavier sabe que os desafios só começaram.
"A gente criou uma escala de dificuldades, sabíamos que os dois primeiros jogos com a Polônia marcariam a estreia desse grupo depois de tanto tempo de treinamento. E eu espero que os dois confrontos contra a Sérvia nos exijam ainda mais, então, acho que é uma escala de dificuldades, que é importante a gente passar. Mesmo a gente tendo sempre aquela responsabilidade com o resultado, precisamos encarar o jogo também como um desafio importante para que possamos ver o avanço da equipe. Essa será a terceira partida, um modelo de jogo um pouco diferente, uma equipe mais agressiva ofensivamente, que vai colocar mais dúvida, mais dificuldade para o nosso sistema de defesa. Mas também é um jogo físico, muito semelhante ao que enfrentamos contra a Polônia. Mas isso tudo está dentro de um protocolo que nós já havíamos programado, e eu espero obviamente que a gente consiga ter uma boa performance, não somente no resultado, mas que a gente possa notar a evolução do trabalho", analisou o treinador.
Os últimos encontros de Brasil e Sérvia foram em 2019, também numa sequência de dois jogos, que terminou com uma vitória para cada lado. Já no comando da Seleção naquele ano, Marquinhos Xavier traçou um paralelo entre os confrontos.
"A gente sempre tem muito marcado os resultados que antecedem novamente um confronto. Os dois jogos foram num contexto um pouco diferente, a gente teve no primeiro confronto um nível de atenção muito baixo, não era falta de respeito com o adversário, era falta de informação do adversário e aí a gente teve que buscar essas informações com o jogo que aconteceu. E a performance do segundo jogo foi melhor, o que é uma tendência sempre da Seleção, ter uma segunda atuação um pouco melhor, porque você tem uma relação mais direta com os fatos que acontecem ali. A gente acabou perdendo o primeiro, mas tendo uma boa atuação no jogo. Então, às vezes o resultado esconde algumas coisas. Precisamos separar o resultado da performance. Foi uma boa performance, tanto que no segundo jogo a gente conseguiu uma vitória. Agora aqui é uma preparação para as duas equipes. Para nós e para a Sérvia, o teste é muito importante para a sequência do nosso compromisso no Mundial. E é nisso que estamos focados. Independente de resultado, é conseguir ver essa evolução."
Em ritmo intenso de preparação para a Copa do Mundo, o comandante brasileiro também falou da importância de conseguir simular todos os cenários que podem aparecer no caminho do Brasil dentro da competição.
"Gerar um desgaste hoje, o mínimo que seja, para ver o comportamento físico também amanhã e como vamos nos comportar no pós-jogo. Então, isso tudo está em análise, é importante a gente ter esse feedback, porque depois nós vamos ter a realidade dentro do Mundial. Então, simular algumas situações ajuda também não só a parte técnica, mas o departamento físico a combinar algumas situações e ver o que a gente pode fazer lá na frente em cima de um desgaste que vai ser também muito emocional," encerrou.
Na próxima quarta-feira (8), a Seleção Brasileira volta a enfrentar a Sérvia, também às 13h (de Brasília), no quarto e último amistoso antes do Mundial, que começa para o Brasil no dia 13 de setembro contra o Vietnã. No Grupo D da competição, a Canarinho vai enfrentar ainda na primeira fase República Tcheca e Panamá.
(Texto: CBF. Foto: Thaís Magalhães/CBF)