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Em Ivatuba, governador Ratinho Junior reforça programa de repovoamento de rios
21/10/2021 20:30 em Notícias do Paraná

O Rio Ivaí recebeu nesta quinta-feira (21) mais 20 mil novos peixes nativos, da espécie dourado, com cerca de 18 centímetros. A soltura foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, junto com o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes. A ação aconteceu na rampa do Condomínio Pontal do Ivaí, no município de Ivatuba, Noroeste do Paraná.

O repovoamento com peixes nativos juvenis é uma ação do programa Rio Vivo, da Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Mais de 850 mil peixes já foram soltos pelo programa neste ano e a meta é chegar a 1 milhão até dezembro, abrangendo as Bacias Iguaçu, Paraná, Paranapanema e Ivaí.

O governador disse que o programa Rio Vivo busca promover a pesca esportiva, atividade que vem crescendo em diversos países. “É o segundo esporte com maior número de participantes no Brasil. Diante disso, estamos organizando uma série de eventos para atrair pescadores do País inteiro e movimentar o turismo e a economia do Estado”, disse Ratinho Junior.

Ele lembrou que a pesca esportiva promove a geração de empregos em pousadas para receber turistas, barqueiros, mecânicos, entre outros profissionais, além de promover o lazer das famílias. “O projeto Rio Vivo faz parte de um pacote de iniciativas em defesa do meio ambiente e da sustentabilidade. Quando tem peixe, é sinal que tem vida e que o rio está bem cuidado”, completou o governador.

Além do repovoamento da fauna aquática, o Programa Rio Vivo prevê o plantio de mudas nativas nas margens dos rios, uma atividade que tem a participação de estudantes do ensino fundamental. “Todos os programas, como soltura de peixes, plantio de mudas e fiscalização trabalham a educação ambiental. Hoje, contamos com uma resolução da Sedest e do Instituto Água e Terra e realizamos a soltura de peixes de forma regular, oficial e organizada. Junto com essa ação, plantamos árvores pelo Programa Paraná Mais Verde, que já distribuiu mais de 5 milhões de mudas de espécies nativas em todo o Estado”, disse Nunes.

O superintendente da pesca esportiva do Paraná, Francisco Martin, lembrou que o Governo do Estado autorizou a realização de estudos para a criação de reservas de pesca esportiva. “Esses peixes, em três anos, estarão em fase de desova e com aproximadamente quatro quilos. Em cinco ou seis anos, fomentarão o turismo da pesca esportiva”, disse.

RIO IVAÍ – O Rio Ivaí é considerado uma artéria de vida na natureza do Paraná, com características geográficas e biológicas raras no País. No Estado, ele é o rio que mais mantém suas características originais, sem trechos de barramentos. Por conta disso, se torna o maior berçário do Estado para as espécies nativas migradoras durante o Piracema, período em que a pesca é proibida para garantir a reprodução das espécies.

Além disso, com mais de 680 quilômetros de extensão, todo em território paranaense, o rio também tem um grande potencial para turismo náutico e ecoturismo, destacando-se a pesca esportiva em nível internacional e a canoagem. “Ivatuba está muito feliz hoje com esses novos peixes. O cuidado do rio Ivaí é muito importante e uma preocupação dos moradores da região”, destacou o prefeito Sérgio Santi.

LEGISLAÇÃO  De acordo com a Resolução Conjunta número 10/2021, todas as ações de soltura e repovoamento de peixes nas bacias hidrográficas do Paraná e seus afluentes devem ter autorização do órgão ambiental estadual.

O objetivo é proteger a fauna silvestre e o ambiente natural contra espécies invasoras. É proibido povoar com espécies exóticas ou invasoras, de origem estrangeira. A introdução de espécies do Brasil, mas não originárias do local especificamente (alóctones), é passível de autorização mediante análise e estudo de impacto ambiental na região.

É considerada exótica a espécie presente em determinada área geográfica, da qual não é originária, tendo sido introduzida pelo homem. Essas espécies são originárias de outros países e a introdução ou dispersão podem ameaçar a diversidade biológica local.

Já alóctones são espécies presentes em um outro ecossistema ou área geográfica, mas originárias do mesmo país, espécie, subespécie de hierarquia inferior, ocorrendo fora de sua área de distribuição natural, porém com capacidade de sobreviver e reproduzir-se. A lista de espécies permitidas para e soltura em rios, mares e estuários no Paraná pode ser consultada AQUI.

PRESENÇAS – Participaram do evento o secretário de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, João Carlos Ortega; a primeira- dama do município de Ivatuba, Ivani Loiola Santi; o deputado estadual Cobra Repórter; e o chefe regional do IAT em Maringá, Marcos Antonio Piton.

(Texto: AEN. Foto: Gilson Abreu/AEN)

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