Os Jogos da Juventude são feitos de muitas competições esportivas, atrações educativas e culturais. Também de encontros e reencontros. Entre atletas, treinadores, árbitros, organizadores. E voluntários. Ou melhor, entre irmãos voluntários. Em Aracaju, os irmãos Kelymerson e Said Andrade, que não se viam há mais de 10 anos, inesperadamente se reencontraram e se abraçaram muito. 

“Nosso pai é o mesmo, mas, por uma das razões da vida, fui morar no interior e ele mora na capital. Aí, depois de 10 anos a gente se reencontra aqui. Nem reconheci, ele era gordinho, bochechudo, agora está mais magro”, brincou Kleymerson, de 20 anos, estudante de Educação Física, ao reencontrar Said. 

“Quando ele veio me cumprimentar, abracei ele normalmente. Li o nome dele no crachá, aí que eu percebi que era o meu irmão”, se surpreendeu Said, 18 anos, também cursando Educação Física.

Mesmo havendo um longo período de afastamento entre os dois – temporal e de distância –, o pensamento de Said em Kleymerson nunca deixou de existir. “Ficava pensando: será que ele está bem? Onde está morando? Como ele está hoje em dia?”, contou Said, completando: “Acredito que ao fazermos o bem, isso retorna, de forma direta ou indireta. Aqui foi de forma direta, reencontrando meu irmão. Esses Jogos vão me marcar para o resto da minha vida”.

Não tinha como ser diferente também para Kleymerson. “Já é muito satisfatório apenas estar participando de um evento desse como voluntário. Imagina ainda encontrar o meu irmão?”

(Texto: COB. Foto: Alexandre Loureiro/COB)