Sthefany Silva, do Rio Grande do Norte, é a primeira medalhista de ouro do wrestling nos Jogos da Juventude Aracaju 2022. A conquista na categoria até 43kg veio no domingo, dia 11, após uma luta difícil em que derrotou a pernambucana Danielma de Carvalho por 12 a 9 depois de estar atrás no placar a maior parte do tempo.
“Eu já tinha lutado contra ela num campeonato em Maceió e venci. Mas teve uma hora ali que achei que não conseguiria. Senti a força dela. Mas ela também sentiu a minha”, conta.
O ouro veio mais tarde que Sthefany planejava. “Esta não é minha primeira edição de Jogos da Juventude. Já lutei em 2019, em Blumenau. Mas foi vice”, relembra. A prata não bastou para ela. “Fiquei muito desmotivada depois daquilo. Já não treinava direito. Mas não me deixaram desistir. Minha fisioterapeuta Taciana Aires, meus técnicos. Eles me incentivaram”, completou.
O luto passou, ficou a luta. “Muita coisa mudou de lá para cá. Por exemplo: na época eu treinava duas vezes por semana. Agora é a semana inteira. Só domingo que eu relaxo. Faço musculação, crossfit”, enumera. Assim, o ouro veio. Justamente num dia especial. “Minha irmã Gabriela faz 20 anos. Já liguei para contar que venci!”, revela.
Com tanta mudança na dedicação e nos treinos, a única coisa que ficou de fora foi o judô que ela praticava simultaneamente. “Ah, não. O judô deixei de lado. Gosto muito mais de wrestling. Já judô acho um esporte mais perigoso”, acredita. “Disputei dois campeonatos de judô. O primeiro eu fui campeã porque não havia adversária na minha categoria. No segundo, levei um pau. Acho que é porque não levo jeito mesmo”, diverte-se.
Mas para o wrestling ela tem talento. “Comecei a lutar Wrestling com 7 anos por influência da minha irmã mais velha. Em 2019 eu consegui uma bolsa de estudos por causa do meu desempenho esportivo. O esporte me deu isso, me abriu essa porta”, diz. Por isso os planos são simples. Seguir no caminho de atleta e se dedicar aos treinamentos. “Eu vou continuar no wrestling até ficar velha. Até não ter mais categoria para eu poder lutar”, projetou.
(Texto: COB. Foto: Alexandre Loureiro/COB)