Após se sagrar campeão do Sul-Americano Sub-17 no domingo (23), o Brasil ampliou a vantagem na liderança de títulos da competição, com 13. Já a segunda colocada, Argentina, levantou quatro vezes a taça. Com o título, a geração liderada por Phelipe Leal no Equador se senta à mesa com outros grupos vencedores do torneio pelo Brasil, cujo sucesso se estendeu ao longo da carreira dos atletas campeões.
A trajetória da Seleção no Sul-Americano não começou da forma ideal. Depois de ficar com o vice-campeonato em 1985 e 1986, a Canarinho levantou a taça pela primeira vez em 1988, também no Equador, e emendou o segundo título na edição seguinte, em 1991, no Paraguai. Entre os bicampeões, estava Argel Fucks, ex-zagueiro e hoje treinador de futebol.
Em 1995, o Brasil voltou a encher a prateleira com troféus, graças à presença do goleiro Júlio César e do zagueiro Juan na competição no Peru. Ambos têm passagem vitoriosa pelo Flamengo e foram titulares pela Seleção Brasileira em Copas do Mundo. O meio-campista Renato, bicampeão brasileiro pelo Santos, também fazia parte da Seleção.
Em 1997, foi a vez da geração do goleiro Fábio, campeão por Cruzeiro e Fluminense, e de Ronaldinho Gaúcho, pentacampeão em 2022 e eleito duas vezes melhor jogador do mundo, conquistarem o Sul-Americano no Paraguai.
No torneio do Uruguai, em 1999, a Canarinho tinha no grupo o goleiro Diego Cavalieri e o meio-campista Thiago Motta, além do atacante Souza, que teve passagem de destaque por Goiás e Flamengo.
Dois anos depois, no Peru, Diego Ribas é o grande nome da equipe campeã sobre a Argentina. O Sul-Americano Sub-17 foi o começo da trajetória de Diego na Seleção, que viria a ser bicampeão da Copa América em 2004 e 2007.
Marcelo, maior vencedor da história do Real Madrid, é o grande nome da conquista na Venezuela, em 2005. Além do lateral-esquerdo, o grupo campeão também contava com o zagueiro Thiago Heleno e com os meio-campistas Anderson e Renato Augusto.
Já a geração vencedora de 2007 tem Lulinha como grande expoente da conquista, com 12 gols marcados ao longo da competição. Os irmãos gêmeos Fábio e Rafael eram os responsáveis pelas laterais, além da presença de Giuliano no meio-campo e de Alex Teixeira no ataque.
Em 2009, surgiram jogadores que permanecem em evidência até hoje, como o goleiro Alisson e os meio-campistas Casemiro e Phillipe Coutinho, todos convocados para representar o Brasil em uma Copa do Mundo. Dudu, um dos líderes da fase recente vitoriosa do Palmeiras, também fazia parte dessa Seleção, que seria a base para o título do Mundial Sub-20 dois anos depois.
No Sul-Americano do Equador, em 2011, o zagueiro Marquinhos se destaca no grupo como o jogador que teve sequência nas demais categorias da Seleção, sendo campeão dos Jogos Olímpicos em 2016, da Copa América em 2019 e titular do Brasil na Copa do Mundo de 2022. O também campeão olímpico Rodrigo Dourado é outro integrante da equipe campeã.
Vitorioso em cima da Argentina, o grupo de 2015 era composto pelo zagueiro Adryelson e pelos meio-campistas Andrey, Evander e Jean Pyerre.
Em 2017, foi a última conquista brasileira do Sul-Americano. Vinicius Júnior foi eleito o melhor jogador da competição e teve ao seu lado nomes de destaque, como os atacantes Paulinho, do Atlético-MG, e Yuri Alberto, do Corinthians. Vitão, Rodrigo Nestor, Marcos Antônio e Brenner são outros que atletas alcançaram um patamar de sucesso nos elencos profissionais de seus clubes.
Depois de vencer o Sul-Americano Sub-17 de 2023, a Seleção comandada de Phelipe Leal se junta a esse grupo de campeões. O próximo desafio dessa geração é a conquista da Copa do Mundo, que será disputada em novembro deste ano. O Brasil é o atual vencedor do Mundial e levantou a taça em 2019, em solo brasileiro.
(Texto: CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF)