Um time de especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) estará em Londrina, na segunda-feira (20), para apresentar aos empresários da cidade e da região um caminho acessível para tirar do papel os projetos de inovação. Além de informações gerais sobre a captação de recursos, os participantes poderão conversar diretamente com especialistas de institutos de pesquisa credenciados, que possuem competências em eletrônica, automação, eletroquímica, sensoriamento, materiais e outras áreas.

Gratuito, o evento será sediado no escritório do Sebrae/PR, e tem vagas limitadas. As inscrições já podem ser feitas no link https://tinyurl.com/529m67uw. A realização é do Sebrae/PR, Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e Estação 43.

O Embrapii Day tem como objetivo apresentar para empresas, startups, cooperativas e associações como acessar recursos técnicos e financeiros da Embrapii para o desenvolvimento de projetos de inovação. Entre as áreas atendidas pelas unidades de pesquisa estão Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Mecânica e Manufatura, Materiais e Química, Tecnologias Aplicadas e Biotecnologia.

O presidente da Codel, Alex Canziani, informou que várias missões à Brasília têm sido realizadas para buscar oportunidades e parcerias para o Ecossistema de Inovação de Londrina e a Embrapii está entre as instituições visitadas. Segundo ele, o sonho é ter um polo da empresa na cidade. “O Embrapii Day será uma maneira de mostrarmos aos nossos empresários as oportunidades de captação de recursos, além de trocar experiências e fortalecer o nosso ecossistema”, completou.

Segundo o consultor do Sebrae/PR, Heverson Feliciano, o acesso aos recursos ocorre de maneira simplificada e ágil. A finalidade do evento é fazer com que empresários da região conheçam essa forma de captação de recursos para inovação e fortaleçam o ecossistema local. Ele citou que, em um projeto avaliado em R$ 900 mil, por exemplo, o negócio terá o subsídio não reembolsável da Embrapii de um terço do valor, ou seja, R$ 300 mil, a mesma parte disponibilizada por meio de apoio técnico pela instituição de pesquisa, e o restante fica como investimento da empresa.

“No caso das pequenas empresas, esses R$ 300 mil que ela investiria em dinheiro poderão ser subsidiados pelo Sebrae, via Programa Sebraetec, que financia até 70% dos custos de projetos inovadores, ou seja, um projeto de R$ 900 mil custaria, no fim das contas, apenas R$ 90 mil”, calculou Feliciano.

E o presidente da Estação 43, Lúcio Kamiji, destacou a importância do evento para que as empresas conheçam os editais disponíveis para fomentar a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Ele conta que o Paraná tem institutos credenciados à Emprapii, entre eles o Lactec, de Curitiba, e o Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Estruturas, de Maringá. “Existe uma grande oportunidade para as empresas que inovam em seus produtos participarem desses editais, que são de fluxo contínuo. Para ter acesso aos recursos, não é necessário criar algo novo, pode até ser um produto ou serviço existente no mercado, mas que possua algum diferencial”, informou.

Apoio Institucional

A Embrapii apoia instituições de pesquisa tecnológica fomentando a inovação na indústria brasileira. Ela possui, atualmente, 87 unidades de pesquisas credenciadas em todo o país, que desenvolvem projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em parceria com empresas brasileiras. Nesse sistema, as empresas dividem os custos com a Embrapii e com os institutos. Desta forma, os riscos e os custos dos projetos são reduzidos, o que garante o aumento da competitividade.

Por meio do edital da Embrapii e dos recursos subsidiados pelo Programa Sebraetec, a diretora administrativa da Flora Cosméticos, de Londrina, Carla Caldi, contou que a empresa desembolsou R$ 69 mil para desenvolver um novo produto inovador em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, de Curitiba, com custo total estimado em R$ 700 mil. O pagamento ainda pôde ser parcelado em dez vezes no cartão de crédito.  “É um produto que não teríamos condições de desenvolver na nossa fábrica, por precisar de testes de eficácia e validações. Foi um processo muito rápido, a interligação entre as instituições facilitou muito”, detalhou.

(Texto: David Jônatas/NCom PML. Foto: Divulgação Sebrae-PR)