O Governo do Estado liberou na terça-feira (25) mais um aporte financeiro para apoiar iniciativas das universidades estaduais do Paraná, no âmbito dos cursos de graduação. A chamada pública, no valor de R$ 5 milhões, é destinada para atender demandas relativas à melhoria das condições acadêmicas em diferentes áreas do conhecimento, desde infraestrutura até novas metodologias de ensino e qualificação de professores e estudantes. As propostas podem ser enviadas até 30 de julho e o prazo para execução dos projetos pedagógicos segue até dezembro deste ano.
Os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico, uma dotação orçamentária gerenciada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Do montante previsto nesse edital, R$ 3,68 milhões podem ser aplicados em diferentes ações de investimento e custeio, como a implementação de tecnologias interativas em salas de aula, com quadros digitais, projeções avançadas e sistemas de áudio, para melhorar a experiência de aprendizado dos alunos.
Também é possível implantar espaços de estudo colaborativo, equipados com tecnologia de comunicação e recursos multimídia para facilitar projetos em grupo e discussões acadêmicas, além de atualizar equipamentos de laboratórios de ciências, informática, engenharia, entre outros, a fim de assegurar que os estudantes tenham acesso às tecnologias mais atuais e possam desenvolver experimentos avançados.
Para o diretor de Ensino Superior da Seti, Osmar de Souza, o investimento em educação superior contribui para o desenvolvimento local e regional. “Um sistema robusto de educação superior contribui no desenvolvimento econômico, fornecendo força de trabalho qualificada para as demandas atuais do mercado, estimulando o empreendedorismo e novas indústrias”, afirma. “A ampliação de investimento possibilita melhorar a infraestrutura acadêmica e modernizar laboratórios, assegurando um ambiente propício para o aprendizado”.
As sete universidades estaduais do Paraná somam 440 cursos presenciais de nível superior, entre bacharelados, licenciaturas e tecnologias. Esses cursos são ofertados em 34 câmpus, que estão distribuídos por 29 municípios que abrangem todas as regiões do Estado, a maioria no Interior. Ao todo, são 19.105 novas vagas a cada ano, por meio de vestibular e outras modalidades de ingresso.
DIGITALIZAÇÃO – Uma fatia da verba definida neste novo edital, R$ 700 mil, será aplicada em projetos de digitalização das secretarias acadêmicas das universidades. Esses setores são responsáveis pelo controle, registro e arquivamento de documentos de alunos, desde o ingresso até a conclusão dos cursos e expedição dos diplomas. Em paralelo, a Seti está elaborando uma resolução para regulamentar esse processo de digitalização de forma institucional.
ALINHAMENTO – A terceira parte dos recursos será utilizada para a promoção de um seminário com a participação de todas as coordenações de cursos de graduação das sete estaduais paranaenses. O objetivo é discutir perspectivas sobre flexibilização curricular e evasão estudantil, além de questões relacionadas aos processos de avaliação dos cursos. O evento está previsto para acontecer no período de 25 a 27 de setembro deste ano, em Curitiba, com expectativa de uma palestra magna sobre o tema transformação digital e inteligência artificial.
INVESTIMENTOS – De acordo com a Lei Orçamentária Anual de 2024, a dotação para o financiamento de programas, projetos e iniciativas estratégicas na área de ciência, tecnologia e ensino superior é de R$ 708,9 milhões. Esse valor representa um aumento de 37% em comparação com o ano passado, quando foram destinados R$ 517 milhões para o segmento.
Somente no primeiro semestre deste ano, o Governo do Paraná publicou cinco chamamentos públicos para atender demandas específicas da ciência. Um desses editais prevê recursos da ordem de R$ 153 milhões para a construção, ampliação e reforma de prédios acadêmicos, bibliotecas e outras instalações universitárias. As demais ações governamentais somam R$ 26,2 milhões para aprimorar a rede de laboratórios multiusuários, fomentar iniciativas de extensão, aplicar novas técnicas de ensino e melhorar condições de pesquisa.
(Comunicação UEM)