O mais jovem atleta da seleção brasileira de vôlei masculino se prepara para estrear em Jogos Olímpicos. O ponteiro Lukas Bergmann, de 20 anos, garantiu seu lugar entre os 12 selecionados, vai disputar pela primeira vez os Jogos em Paris 2024 e ainda tem um sabor especial: dividirá essa conquista com sua irmã mais velha, Julia Bergmann, da seleção feminina de vôlei, que também estreia em uma edição olímpica.
Lukas demonstrou enorme potencial para a seleção no ano passado, quando começou a ter oportunidades mais efetivas no time adulto e conquistou o ouro nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 pelo Brasil. De lá para cá, o “caçula” passou a figurar mais no elenco principal do técnico Bernardinho e em 2024, na disputa da Liga das Nações, teve uma performance muito boa quando foi acionado em situações complicadas para o time. Tal desempenho fez Lukas garantir seu lugar entre os atletas que disputam estes Jogos Olímpicos Paris 2024.
“É uma emoção muito forte e grande, ainda mais por ser a minha primeira Olimpíada. Não esperava que seria tão cedo, mas aconteceu e estou preparado para fazer o melhor. Cheguei aqui e vi a questão da vila, a energia diferente. É emocionante”, afirmou Lukas, ressaltando o apoio que vem recebendo dos jogadores mais experientes da seleção.
“Eles nos deixam mais tranquilos. Temos atletas que já jogaram Olimpíadas, como Bruninho, Lucão, Lucarelli, além da comissão, que já vieram para cá ainda mais vezes. Só tenho a aprender todo dia nos treinamentos e fora de quadra. Tudo é aprendizado.”, completou.
Filho de mãe brasileira e pai alemão, Lukas nasceu em Munique, na Alemanha, e tem dupla nacionalidade. Assim como a irmã Julia, de 23 anos, ele escolheu defender as cores brasileiras e pontuou o orgulho da família por ter dois representantes em Paris 2024. Os irmãos, por sinal, já conseguiram se encontrar na capital francesa.
“Deu para nos encontrarmos na Vila já no primeiro dia. Fui comer e depois a encontrei, trocamos uma ideia e ela me explicou tudo, já que estava lá há mais tempo. É um orgulho enorme para a família. Ter dois filhos em uma Olimpíada não é fácil. Eles são o motivo de estarmos aqui por todo o incentivo que sempre nos deram”, finalizou.
(Texto: COB. Foto: Miriam Jeske/COB)