De 12 a 15 de fevereiro, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) será palco da 18ª edição do Encontro Paranaense de Psicologia (EPP). Profissionais da Psicologia e de outras áreas, além de estudantes, estarão reunidos para trocar ideias sobre a ciência e a prática psicológica. Durante o dia, o evento ocorrerá no câmpus sede e, à noite, o Teatro Calil Haddad receberá atividades abertas ao público, gratuitamente, sem necessidade de inscrição prévia.
Neste ano, a programação do evento conta com fóruns, mesas-redondas e oficinas sobre o tema “Decolonizar Saberes, Resgatar a História e Cultivar o Futuro Ancestral”, que reafirma o compromisso da categoria com a transformação social a partir da defesa dos direitos humanos e da integração dos conhecimentos e das experiências de todos os povos.
É uma oportunidade para que psicólogas, psicólogos e outras pessoas interessadas nessa temática se unam a fim de refletir e debater sobre como contribuir para um futuro mais inclusivo e igualitário mediante uma prática psicológica justa e culturalmente rica, que não só respeite mas também valorize a diversidade humana.
Atividades gratuitas
Nos dias 12 a 14, à noite, haverá rodas de conversa abertas à comunidade geral, gratuitas, no Teatro Calil Haddad. Cada uma contará com a participação de duas pessoas convidadas de destaque na intersecção entre saúde mental, decolonialidade e defesa dos direitos humanos.
Confira a programação:
12/2, às 19h30 – Conversas à Sombra da Araucária: "Decolonizar Saberes, Resgatar a História e Cultivar o Futuro Ancestral”, com Edilaise Vieira e Paulo Amarante. Mulher indígena, ela é ativista, pesquisadora, psicóloga, além de docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Rio São Francisco (Unirios), psicóloga de Saúde Indígena no Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia e coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Amarante é médico psiquiatra, pesquisador sênior da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com atuação acadêmica e política voltada a temas como Reforma Psiquiátrica, Saúde Mental, Epistemologia, Filosofia da Ciência, Políticas Públicas e Políticas de Saúde.
13/2, às 19h – Conversas à Sombra da Araucária: “Psicologia e Contexto Social”, com Alejandra Astrid León Cedeño e Anne Cleyanne. Cedeño atua como professora efetiva do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Dançarina pela Companhia Rhamza Alli - Escola de Dança do Ventre e Oficineira de Dança do Ventre da Associação Ciranda da Cultura, reúne experiência em temas como Psicologia Comunitária do Cotidiano, Redes de Políticas Públicas Cirandeiras, Oficinas Expressivas e Criação de Alternativas à Violência. Cleyanne é psicóloga, formada em Políticas Públicas e Interseccionalidade pela ONU Mulheres. Ativista por Justiça Climática, preside o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente e coordena o Comitê de Orfandade Rondônia e Acre, atuando, ainda, como CEO e presidente do Instituto Banzeiro da Amazônia.
14/2, às 19h – Conversas à Sombra da Araucária: “Psicologia e Cultura”, com Fábio Henrique Arevalo e Rejane Nunes de Carvalho. Arevalo é psicólogo, indígena em retomada do Povo Guarani Nhandeva do MS, servidor público da Secretaria Municipal de Assistência Social de Londrina e colaborador da Comissão Étnico-Racial. Também coordena o Núcleo de Psicologia e Povos Indígenas do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR). Carvalho é escritora, artesã e psicóloga. Foi a primeira mulher Indigena da Terra Indígena Nonoai a se tornar psicóloga e mestre em Psicologia Social e Institucional, com experiência em atuação na Saúde Indígena e consultoria em Apoio à Migração na Fronteira com a Venezuela pela ONU Migração (OIM). Ainda representa o Conselho Federal de Psicologia junto à Frente Nacional pela Saúde de Migrantes (FENAMI).
No último dia de evento, 15 de fevereiro, das 14h às 16h30, será entregue o Prêmio Iniciação para Acadêmicos e Jovens Profissionais de Psicologia que se destacarem nos trabalhos apresentados durante o EPP, como um símbolo do movimento de introdução e comprometimento das pessoas formandas e novas pessoas profissionais da Psicologia com temas relacionados a culturas tradicionais, território, ancestralidade e saúde mental. Esse momento também será aberto à comunidade.
Outras informações, como a programação completa e dados sobre os palestrantes, estão disponíveis no link.
Serviço
18º Encontro Paranaense de Psicologia – “Decolonizar Saberes, Resgatar a História e Cultivar o Futuro Ancestral”
Data: 12 a 15 de fevereiro de 2025
Local: câmpus sede da UEM e Teatro Calil Haddad
(Paulo Pupim/Comunicação UEM)
