Os recém-formados do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP) têm muito a comemorar, pois atingiram a marca de 27 aprovados em cursos de graduação da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Da turma formada no final de 2024, 30% continuará fazendo o mesmo caminho diariamente a partir de 31 de março, quando começa o ano letivo 2025 da universidade.
O maior número de aprovações foi nas engenharias. Em seguida, aparecem os cursos de Informática e Administração. O colégio também teve aprovados em Direito, Farmácia e em cursos de licenciatura. No Vestibular de Inverno, foram 13 aprovações; no de Verão, seis e no PAS, uma. Outros seis estudantes ingressaram pelo Sisu e mais três pelo Aprova Paraná.
O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destaca a atuação do CAP. “Os alunos atingiram um resultado que muito nos orgulha, fruto de uma parceria de sucesso entre o Colégio de Aplicação Pedagógica e a UEM. Nós cedemos o prédio, além de bolsas de iniciação científica para os estudantes, e a gestão e contratação de funcionários fica sob responsabilidade da Seed. São ações inovadores em prol da educação do Paraná”, afirma.
Para a diretora-geral do CAP, Alessandra Martinho, eles se sentem em casa e veem a UEM como primeira opção para continuar os estudos. “Eles transitam na universidade e têm muita vontade de continuar ocupando esse espaço, pois se sentem pertencentes; almoçam no RU, emprestam livros na biblioteca, então, para eles e para os pais, é um orgulho continuar na UEM”, ressalta.
De acordo com a diretora, a equipe pedagógica procura se pautar no Processo de Avaliação Seriada (PAS) da UEM para planejar os conteúdos trabalhados durante o ano no ensino médio, sem deixar de atender ao currículo determinado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed).
Dessa forma, os estudantes são familiarizados com as obras literárias indicadas para o Vestibular e o PAS e, também, com os gêneros textuais solicitados na prova de redação. “A parceria com a UEM possibilita que o colégio seja um campo experimental para os estagiários da universidade, além dos outros projetos que recebemos. Nós somos privilegiados por estarmos tão próximos da instituição”, afirmou a diretora.
Parceria UEM - CAP
O Colégio de Aplicação Pedagógica opera em convênio com a UEM. O prédio é da universidade e a gestão e contratação de funcionários fica sob responsabilidade da Seed. Além da contribuição estrutural, a UEM atua na escola com programas de estágio, projetos de extensão, bolsas de iniciação científica para estudantes do ensino médio e bolsas-trabalho, ofertadas a estudantes de graduação.
Conforme explica Martinho, atualmente o colégio tem 10 bolsistas de cursos de licenciatura que substituem professores quando há necessidade. As bolsas são pagas pela UEM. “Aqui na escola praticamente não temos aulas vagas, pois os bolsistas suprem a demanda quando falta algum professor. Isso já é internalizado, então os estudantes mantêm a disciplina de ficar em sala fazendo alguma atividade”, esclarece.
Outro projeto de destaque é o PIBIC Ensino Médio, que oferta bolsas de iniciação científica. Nesses casos, os alunos são orientados por professores da UEM e podem iniciar projetos na área que pretendem seguir na graduação. Ao todo, 30 estudantes de ensino médio recebem R$ 300 mensais pela iniciativa.
Além de projetos de extensão universitária, que englobam os mais diversos cursos, como Agronomia, Medicina, Ciência da Computação e Odontologia, o CAP é referência para estágios de licenciaturas da UEM. Segundo a diretora, no ano passado, mais de 500 estagiários atuaram no colégio.
Para Martinho, a parceria beneficia as duas instituições de ensino e auxilia na formação dos estudantes. “Recebemos muitos relatos de egressos que estagiaram aqui e hoje atuam em coordenações pedagógicas, por exemplo. Para nós, é um grande orgulho. Além disso, nossos ex-alunos que estão na graduação gostam muito de retornar aqui como estagiários, pois eles saem com uma formação completa, praticamente professores”, destaca.
Matrículas - A busca por uma vaga no CAP é grande. Para o primeiro ano do ensino fundamental, filhos de servidores da UEM e crianças cujos irmãos já estudam no colégio têm prioridade. No sexto ano, são abertas mais 15 vagas por turma, mas a lista de espera passa de 200 alunos, de acordo com a direção.
Além de Alessandra Martinho, o colégio tem duas diretoras-auxiliares: Sandra Regina Andrade Stipp e Alaíde Paulino Sobrinho, esta última representante da UEM. O CAP tem, atualmente, 1.470 alunos, entre ensino regular e projetos extracurriculares. A escola é referência em altas habilidades e contabiliza cerca de 100 alunos nessa modalidade.
(Mônica Chagas/Comunicação UEM)
