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Em Maringá, escolas municipais e Cmeis promovem atividades para construção da cultura de paz e combate ao bullying
Por Administrador
Publicado em 05/11/2025 13:05
Notícias de Maringá

Na rede municipal de ensino de Maringá, a formação vai além da sala de aula e do currículo tradicional. Com o compromisso de promover uma educação integral e cidadã, todas as unidades escolares são incentivadas a desenvolver ações voltadas à prevenção, identificação e enfrentamento do bullying, da violência física, psicológica, institucional, de gênero, racial, religiosa e de outras formas de opressão. A proposta é clara: fortalecer vínculos saudáveis, incentivar o protagonismo estudantil e construir, desde cedo, uma cultura de paz.

 

“Falar sobre bullying e igualdade com as crianças é cuidar da construção de um mundo mais justo desde a base. Ensinar respeito, promover empatia e dar espaço para o diálogo são atitudes que transformam a escola em um lugar seguro e acolhedor. Nossa missão vai além do conteúdo: é preparar cidadãos conscientes de seu papel no coletivo”, afirma a secretária de Educação, Adriana Palmieri. Neste ano, o município publicou a instrução normativa nº 008, que dispõe sobre diretrizes e ações de prevenção e enfrentamento ao bullying e outras formas de violência.

 

Essas ações são estruturadas a partir do desenvolvimento das competências socioemocionais e do incentivo à escuta, ao diálogo e ao respeito mútuo. As atividades consideram o estágio de desenvolvimento de cada faixa etária, priorizando a convivência e a construção de relações baseadas em empatia. O objetivo é formar estudantes que não apenas aprendem, mas vivenciam valores de justiça, inclusão e solidariedade.

 

Um dos exemplos inspiradores dessa proposta vem da Escola Municipal Dom Jaime Luiz Coelho, no Parque Tarumã. Na unidade escolar, o grêmio estudantil tem sido protagonista de ações que tocam o coração da comunidade escolar. Os próprios alunos, por meio da ideia de que “criança ouve criança”, promovem campanhas de conscientização contra o bullying e incentivam atitudes de cuidado mútuo entre colegas.

 

As atividades ocorrem dentro e fora da sala de aula. A diretora da escola, Elenice Hinz, destaca que todas as segundas-feiras são marcadas pelo ‘Dia do Abraço’, um momento coletivo de afeto e meditação sobre a paz e a resolução não violenta de conflitos. Além disso, professores realizam rodas de conversa e círculos de paz com os alunos por meio da Justiça Restaurativa. “Quando uma criança conversa com outra criança, a escuta e aceitação são melhores. A criança que sofre bullying tem sua aprendizagem comprometida pela insegurança e todo esse trabalho de construção da paz ajuda a promover o respeito, a calma e o bom comportamento”, explica.

 

No centro dessa mobilização está o grêmio estudantil, que tem desempenhado papel fundamental na mudança da cultura escolar. A aluna Emanuelly Leopoldino, presidente do grêmio, conta que os próprios estudantes criam os cartazes com mensagens de conscientização, realizam dinâmicas e estão sempre abertos para ouvir e responder perguntas dos colegas. “Falamos sobre xingamentos e o quanto isso magoa. Os alunos também nos ajudam, dão dicas e opiniões sobre os próximos cartazes que podemos fazer.”

 

A motivação para o projeto, segundo o aluno Pedro Lucca, surgiu de uma necessidade real percebida no cotidiano escolar. “A gente percebeu que muitas crianças estavam ficando tristes por causa do bullying e queríamos parar com isso. Os alunos reagem bem, participam, se envolvem e ficam impressionados com as atividades.” O aluno Rafael Pacheco destaca o alcance que esse tipo de iniciativa pode ter além da escola. “Eu gosto disso porque, quando espalhamos essas ideias para os outros alunos, eles podem levar para suas famílias, amigos e outras pessoas. O bullying pode afetar o presente e o futuro das pessoas. Por isso, devemos evitar.”

 

Na Escola Dom Jaime, como nas demais unidades escolares da rede municipal, a cultura de paz é construída de forma coletiva, com o envolvimento de alunos, professores, equipe pedagógica e famílias. São atitudes como essas que tornam a escola um verdadeiro espaço de transformação social, onde aprender também significa respeitar, acolher e conviver. 

(Texto: Comunicação PMM. Foto: Rafael Macri/PMM)

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