A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio do Complexo Social de Maringá, integrou as discussões do 1º Fórum Maringaense de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, realizado de 2 a 4 de dezembro no Auditório do Sicredi Dexis. O evento foi promovido pela Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (Semulher), com apoio da Polícia Militar do Paraná e do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, reunindo representantes de 42 municípios e 20 palestrantes especializados na rede de proteção.
O fórum fez parte da campanha internacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, promovida pela ONU, e teve como objetivo qualificar profissionais que atuam na prevenção, acolhimento e proteção de mulheres vítimas de violência, além de ampliar o diálogo intersetorial sobre políticas públicas de enfrentamento.
“A presença da Polícia Penal neste Fórum demonstra nosso compromisso com políticas públicas eficazes e com a proteção de todas as mulheres, dentro e fora do sistema prisional”, destacou o coordenador da regional administrativa da PPPR em Maringá, Júlio César Vicente Franco.
A secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Olga Agulhon, também ressaltou a relevância da iniciativa. “Queremos que o Fórum seja um marco nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, transmitindo conhecimento qualificado para que os profissionais saiam daqui mais conscientes e preparados para prestar atendimento”, afirmou.
A presença da Polícia Penal reforçou o papel estratégico da instituição na rede de enfrentamento, especialmente pelo trabalho voltado às mulheres privadas de liberdade e pela articulação com órgãos de segurança e garantias de direitos.
A policial penal Soraia Ishimatsu Moriyama, convidada para atuar como palestrante representando a PPPR, apresentou o processo de inclusão de tornozeleira eletrônica aplicado a autores de violência doméstica que cumprem medida protetiva. “Foi importante para que compreendessem nosso trabalho, que vai muito além do ciclo do prender e soltar. Nosso papel é auxiliar a pessoa que cometeu infração penal e está em liberdade a se reintegrar à sociedade, utilizando acolhimento e encaminhamentos para a rede, sempre com o objetivo de evitar a reincidência criminal”, explicou.
Também como palestrante convidada, a residente em psicologia do Complexo Social, Nicole Isabelle Watanabe, compartilhou as ações do Núcleo de Apoio ao Monitorado, ampliando a visibilidade do trabalho desenvolvido pela Polícia Penal. “O evento ampliou o olhar para as diversas nuances da violência contra as mulheres e tornou possível firmar parcerias para ações futuras. Apresentamos projetos em andamento e outros já realizados voltados ao público feminino em monitoração, tanto no regime semiaberto harmonizado quanto no domiciliar, com base no Programa Pró-Egresso”, afirmou.
O evento contou ainda com representantes do Poder Executivo, Judiciário, Polícia Civil, Polícia Científica, ONG Me Too Brasil, OAB/Cevige, Universidade Estadual de Maringá, Núcleo Maria da Penha (Numape-UEM) e Defensoria Pública da União.
(Fonte: Polícia Penal do Paraná)
