A Câmara de Maringá abriu espaço na sessão de quinta-feira (11) para a psicóloga Luzinete Peder falar sobre a importância do papel dos pais na formação emocional das crianças e sobre como lidar com transtornos como depressão e ansiedade na infância e adolescência.

A psicóloga lembrou que há uma grande diferença entre casa e lar, sendo a primeira um ambiente concreto que traz o abrigo e refúgio, diferente do lar que é repleto de afetividade e completo no acolhimento das pessoas.

“A formação de uma família é como uma árvore. Suas raízes buscam através dos obstáculos encontrar uma fonte de água para receber os seus nutrientes para dar ao externo a força ao fruto. O papel dos pais é guiar, construir e ensinar”.

A convidada lembrou de uma experiência em um programa assistencial no norte pioneiro em que um adicto relatou seus primeiros contatos com álcool e cigarro. “O Seu José me disse a sua história. Com apenas cinco anos, sua mãe o obrigava a trazer até ela, da cozinha até a sua sala de costura, um cigarro de palha onde ele tinha que pitar para não chegar apagado. Nesse mesmo cenário o seu pai o obrigava a ir ao bar da esquina e trazer um litro de pinga e ele às vezes experimentava”.

Luzinete explicou que agora adulto, o protagonista da história estava em prisões emocionais e dizia não conseguir “manter nem a minha família porque não conseguia parar em nenhum emprego por causa do vício adquirido já na primeira infância. Isso é uma triste história para nós refletirmos”.

A vereadora Giselli Bianchini, autora do convite para uso da tribuna, ressaltou que “com famílias fortes teremos uma sociedade forte pois a família é a base da sociedade”. “Os pais são os primeiros arquitetos da saúde mental infantil, modelando por meio de afeto e limites e diálogo, a capacidade das crianças de gerenciar emoções em um mundo tão acelerado onde transtornos como ansiedade e a depressão afetam cada vez mais nossos filhos”.

A parlamentar enfatizou ser essencial que os pais incentivem a expressão emocional e promovam rotinas saudáveis, buscando ajuda profissional quando necessário. “Temos a importância das famílias estruturadas baseadas em valores de união e respeito. As famílias são alicerces da sociedade protegendo as crianças de vulnerabilidades emocionais e fomentando cidadãos equilibrados. Preservar a instituição familiar não é apenas uma tradição mas uma necessidade urgente para combater o isolamento moderno e fortalecer o tecido social”.

De acordo com o site Conexa, pais que atuam como preparadores emocionais orientam seus filhos no mundo das emoções. Eles ajudam as crianças a compreender e regular seus sentimentos, encontrando formas adequadas de expressá-los e resolver conflitos.

Esses pais funcionam como guias que oferecem segurança, afeto e limites, auxiliando no desenvolvimento da resiliência, empatia, autoestima e autonomia, elementos fundamentais para a formação de adultos confiantes e capazes de construir relacionamentos saudáveis.

(Texto: Comunicação CMM. Foto: Marquinhos Oliveira/CMM)